Banco Central projeta redução da inflação e dos juros no Brasil

Energia solar seria um dos setores beneficiados com a notícia no âmbito dos financiamentos
Banco Central projeta redução da inflação e dos juros no Brasil
Fachada do Banco Central do Brasil. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central divulgou, nesta semana, a nova previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), indicador que mede a inflação oficial do país. 

De acordo com o boletim, a estimativa para 2023 caiu de 5,95% para 5,93%, com a inflação ficando mais controlada ao longo dos anos seguintes: 4,13% em 2024 e 4% em 2025 e 2026.

A estimativa, contudo, está acima da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) – que seria de 3,25% para 2023, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Mesmo assim, com a redução estimada, a taxa básica de juros também deve cair nos próximos anos, segundo o Banco Central. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano e a expectativa é que encerre o ano em 12,75%.

Para 2024, a projeção é que os juros caiam para 10% e se mantenham em 9% entre 2025 e 2026, respectivamente.

Segundo Bernardo Marangon, diretor da Exata Energia, caso o comportamento da inflação e da taxa básica de juros siga os moldes apresentados pelas projeções, o setor de energia solar seria beneficiado no âmbito de investimentos e de financiamentos, sobretudo em projetos de micro e minigeração distribuída.

De acordo com dados da Greener, atualmente, mais de 70% dos sistemas fotovoltaicos no Brasil são adquiridos por meio de financiamentos.

“Acredito que em função da natureza do investimento, a taxa atual já é atrativa. No entanto, se diminuir, será melhor ainda, pois reduziria o tempo de retorno dos investimentos”, destacou ele. 

Preço do dólar

O Banco Central também trouxe quais são as expectativas para a cotação do dólar nos próximos anos. A projeção estima que no fim de 2023 a moeda americana se encontrará em um patamar similar ao dos dias atuais, a R$ 5,25.

Para o fim de 2024, o valor deve subir para R$ 5,30 – o que, segundo Marangon, não deve atrapalhar o crescimento do setor solar no tocante à importação de novas tecnologias, uma vez que o preço dos equipamentos vem caindo ao longo dos anos. 

“Prever o comportamento do dólar talvez seja a previsão mais difícil de todas, no entanto, se tiver este comportamento, acredito que não preocupa o setor solar dado que estamos operando neste patamar a algum tempo”, ponderou.

Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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