Santander compra plataforma de GD com foco em pessoas físicas e PMEs

Objetivo é atender um público carente de opções para consumir energia renovável e com preço menor ao cobrado pelas distribuidoras
Canal Solar Santander compra plataforma de GD com foco em pessoas físicas, pequenas e médias empresas
Foto: Divulgação

O Santander Brasil adquiriu a FIT Energia, plataforma de GD (geração distribuída) da Hy Brazil Energia que conecta detentores de ativos de geração de energia limpa a consumidores de baixa tensão (pessoas físicas, pequenas e médias empresas).

A operação permitirá ao banco ampliar sua atuação no mercado de energia, atendendo a um público carente de opções para consumir energia renovável e com preço inferior ao cobrado pelas distribuidoras.

Segundo o Santander, a aquisição da FIT garante a capilaridade necessária à oferta para consumidores de baixa tensão, já que o Marco Legal da Geração Distribuída prevê que a energia seja gerada e consumida na própria área de atuação da distribuidora local.

Rafael Thomaz, responsável pela mesa de energia da Tesouraria do Santander Brasil, pontua que o objetivo do banco será atrair cada vez mais produtoras de energia renovável para a plataforma, que atua como um marketplace que conecta os detentores de ativos de geração e os potenciais consumidores de cada localidade. “Só com uma ampla oferta conseguiremos atingir um público maior em todo o país”, explica o executivo.

Uma das geradoras parceiras da FIT será a própria Hy Brazil, que atua no mercado de energia há mais de 20 anos e tem em seu portfólio mais de 50 usinas em operação, nas cinco regiões do país, entre hidrelétricas e fotovoltaicas, somando mais de 140 MW. A empresa, que seguirá como sócia minoritária na FIT, pretende instalar ainda outros 100 MW até fim de 2024.

Atualmente, além de ser uma marca reconhecida pelos consumidores, presente em mais de mil municípios, o Santander mantém relacionamento com grandes empresas do setor e tem a robustez financeira necessária para garantir aos geradores o pagamento pela energia contratada em cada região.

“Esses três diferenciais mostram que estamos bem-posicionados para atuar nesse mercado, beneficiando consumidores em geral e contribuindo para transformar a matriz energética do País”, diz Thomaz.

“A entrada do banco na FIT gera um enorme valor aos nossos parceiros, primeiro àqueles que investem nas usinas, pois a segurança de um contrato garantido pelo Santander refletirá inclusive em condições mais vantajosas por parte de seus financiadores”, ressalta Bruno Menezes, CEO da FIT.

“Na outra ponta, pessoas e pequenas e médias empresas que, por qualquer motivo, não podem instalar placas solares no telhado, também terão a oportunidade de participar da GD, gerando sua própria energia de forma remota, com economia e sem necessidade de investimento”, acrescenta.

Como vai funcionar?

Por meio do arrendamento de usinas enquadradas em GD através de contratos de longo prazo, pessoas físicas e pequenas e médias empresas que queiram economizar, além de consumir energia limpa e renovável, poderão sinalizar o interesse em entrar na plataforma.

Uma vez aprovado seu ingresso, o consumidor passará a receber energia de geração própria e compartilhada oriunda destas usinas, e não mais a energia contratada pelas distribuidoras, que inclui as térmicas, mais caras e poluentes. Tudo é feito digitalmente, não havendo necessidade de investimento ou obra.

Imagem de Ericka Araújo
Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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