Com colaboração de Mateus Badra
O primeiro congresso idealizado pelo Canal Solar, que reuniu cerca de 400 pessoas presencialmente em dois dias de evento, chegou ao fim com palestras realizadas no final da tarde desta terça-feira (29), Os debates envolveram temas relacionados ao armazenamento de energia e inversores híbridos.
Por volta das 16h, Glaysson de Mello, pesquisador da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), enfatizou o papel do que ele chamou por “armazenamento distribuído”. “Isso é: baterias, principalmente, em pequena escala”.
“Falamos sobre o que ocorreu nos últimos anos em capacidade e custo, bem como tendência para os próximos anos, voltando sempre estudos para médio e longo prazo, e sobre aplicações, vendo se em determinadas áreas elas são viáveis economicamente ou não”, explicou.
Além disso, Mello comentou especificamente sobre a visão da parte de custo. “Hoje, o preço ainda é muito alto e a tendência é de queda. Mas qual vai ser a queda? E tendo essa queda, o que podemos esperar para desenvolver mais o mercado de baterias?”
“Elas, provavelmente, serão uma peça importante, principalmente porque é uma tecnologia que não emite gases de efeito estufa. E como vimos na COP-27, é importante criar fontes de energia que não emitam gases”, apontou.
Portanto, para decolar o mercado de baterias, o pesquisador acredita que falta avançar na parte regulatória em alguns pontos e também na parte de impostos, pois a incidência de impostos das baterias importadas é muito alta.
Inversores híbridos
Por fim, para finalizar o evento, o Canal Conecta também realizou um painel de discussão sobre inversores híbridos e que contou com a presença de profissionais renomados do setor fotovoltaico nacional.
Ministrado por Bruno Kikumoto, diretor do Canal Solar, a mesa de debates contou com Marcelo Villalva, diretor do LESF (Laboratório de Energia e Sistemas Fotovoltaicos da Unicamp); Alexandre Borin, diretor Comercial na Canadian Solar; e Guilherme Peterlini, Vice-gerente de Serviços da Growatt.
“Neste painel, apresentamos as principais soluções que estão surgindo no mercado e o desafio que os integradores vão enfrentar daqui para frente, que é realmente calcular toda a carga e todo o dimensionamento do sistema”, disse Borin.
“São desafios que fogem um pouco do tradicional, do que é hoje simplesmente a conexão com a rede. Agora não! O integrador vai ter que possuir um estudo de carga muito mais aprofundado, mesmo em projetos residenciais”, ressaltou.