Embora o Brasil tenha adicionado cerca de 9,3 GW de potência de energia solar fotovoltaica em 2022, crescimento de mais de 80% na comparação com 2021, o país não aparece no top 10 na capacidade de solar per capita no ano passado. É o que apontou o Global Market Outlook, da Solar Power Europe.
De acordo com o relatório, quem aparece em primeiro lugar é a Austrália (1.191 W/capita), seguido da Holanda (1.029 W/capita) e da Alemanha (815 W/capita).
“Se olharmos para as capacidades fotovoltaicas instaladas numa perspetiva per capita, podemos encontrar uma estimativa completamente diferente do panorama mundial. Nenhum dos três principais mercados (China, EUA e Índia) figuram na lista do top 10”, relataram.
A China, os Estados Unidos e a Índia, por exemplo, registraram 283, 417 e 55 W/capita, respectivamente. Segundo o estudo, os mesmos ocupam as posições 26, 17 e 64.
Em 2022, foi instalada uma média de 144 W/capita em todo o mundo, um aumento de 23% em relação aos 117 W/capita em 2021. Com 296 W/capita, a Europa tem a maior média regional, seguida pelas Américas (187 W/capita), APAC – Ásia Pacífico (154 W/capita) e MEA – Oriente Médio e África (17 W/capita).
Projetos de utility-scale
Outro destaque do relatório é que, em todo o mundo, prevê-se que os projetos de utility-scale devem atingir 182 GW em 2023, uma taxa de crescimento de 51%, uma vez que os preços dos módulos estão prestes a atingir recordes em breve.
A previsão para 2024 indica que as instalações deste segmento atinjam 218 GW. Nos anos seguintes, até 2027, prevê-se que a percentagem aumente gradualmente, representando quase 350 GW a nível mundial e constituindo e representando cerca de 57% da capacidade total anual instalada.
“As centrais elétricas de grande escala montadas em solo, especialmente as relacionadas com a produção de H2V (hidrogênio verde), são suscetíveis de contribuir para esta tendência na na segunda metade da década”, concluíram.