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Brasil atinge marca histórica de 8 GW de potência da fonte solar

Segundo a ABSOLAR, são usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos

Autor: 1 de março de 2021Brasil
4 minutos de leitura
Brasil atinge marca histórica de 8 GW de potência da fonte solar

O Brasil atingiu, neste domingo (28), a marca histórica de 8 GW de potência operacional da fonte solar – sendo cerca de 5 GW de GD (geração distribuída) e 3 GW de GC (geração centralizada). É o que apontou a ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). 

De acordo com a associação, são usinas de grande porte e pequenos e médios sistemas instalados em telhados, fachadas e terrenos gerando energia renovável e competitiva aos brasileiros. 

“Se por um lado devemos comemorar a marca de 8 GW, pois isso representa mais de 240 mil empregos gerados e investimentos na ordem de R$ 40 bilhões, por outro temos que estar atentos que estamos atrasados”, ressaltou Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho da ABSOLAR.

“O Brasil está apenas na 16º colocação no ranking da energia fotovoltaica no mundo, ou seja, isso significa que estamos 15 anos atrasados. Em todas as outras fontes limpas e renováveis o país está entre os 10 primeiros”, disse Koloszuk.  

Segundo o especialista, o país precisa olhar de outra forma e incentivar cada vez mais a tecnologia fotovoltaica, ainda mais em um momento como esse, onde o sistema hídrico está pressionado pela falta de água, o que ocasiona aumentos na conta de luz por conta das bandeiras amarela e vermelha.

“Hoje, no Brasil, a solar é a fonte mais barata de todas, tanto em grandes projetos quanto na geração distribuída. Em qualquer lugar do país é mais econômico gerar energia elétrica a partir do sol do que comprar das distribuidoras locais”, destacou.

“Então, se o governo e a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) deixarem a fotovoltaica crescer, certamente a iniciativa privada investirá substancialmente no Brasil, de tal modo que não falte eletricidade e que essa energia seja limpa e sustentável”, concluiu o executivo.

Geração distribuída

No segmento de geração distribuída, são 4,9 GW de potência da fonte solar, que representam mais de R$ 24 bilhões em investimentos acumulados desde 2012.

Segundo a ABSOLAR, em número de sistemas instalados, os consumidores residenciais estão no topo da lista, representando 73,6% do total. Em seguida, aparecem as empresas dos setores de comércio e serviços (16,6%), consumidores rurais (7,0%), indústrias (2,4%), poder público (0,4%) e outros tipos, como serviços públicos (0,03%) e iluminação pública (0,01%).

Ao total, o Brasil possui mais de 409 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade a mais de 511 mil unidades consumidoras.

Geração centralizada

No segmento de geração centralizada, o país possui 3,1 GW de potência instalada em usinas fotovoltaicas, o equivalente a 1,7% da matriz elétrica do Brasil. Em 2019, a fonte foi a mais competitiva entre as fontes renováveis nos dois Leilões de Energia Nova, A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh.

Atualmente, as plantas solares de grande porte são a sétima maior fonte de geração do país, com empreendimentos em operação em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e Centro-Oeste (Tocantins). Os aportes acumulados deste setor ultrapassam os R$ 16 bilhões.

GD e GC

Ao somar as capacidades instaladas dos segmentos de GD e GC, a energia fotovoltaica ocupa o sexto lugar na matriz elétrica brasileira, atrás das fontes hidrelétrica, eólica, biomassa, termelétricas a gás natural e termelétricas a diesel e outros combustíveis fósseis. A fonte solar já representa mais do que a somatória de toda a capacidade instalada de termelétricas a carvão e usinas nucleares, que totaliza 5,6 GW.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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