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Brasil tem 78% de sua energia elétrica gerada por fontes renováveis

Pesquisa da KPMG apontou taxas de crescimento anuais na geração de energia limpa na América do Sul

Autor: 13 de fevereiro de 2024Indicadores
3 minutos de leitura
Brasil tem 78% de sua energia elétrica gerada por fontes renováveis

Renováveis seguem crescendo na América Latina. Imagem: Freepik

De acordo com a KPMG, em seu estudo “Transição Energética na América do Sul”, a região abordada está emergindo como líder na transição para energias sustentáveis. Nestes países, esses recursos possuem uma participação superior a 30% na matriz energética primária e aproximadamente 70% na matriz de geração de eletricidade.

Além disso, em países como Paraguai, Brasil, Uruguai e Colômbia, as fontes renováveis já respondem por, respectivamente, 100%, 78%, 70%, e 65% da capacidade instalada de geração de energia elétrica.

A pesquisa, baseada em dados do Instituto de Energia, em sua mais recente revisão das estatísticas globais do mercado de eletricidade, e uma análise do período de 2010 a 2022, indicou taxas de crescimento anuais na geração de energia renovável de 4%, 6%, e 9% nos anos de, respectivamente, 2020, 2021 e 2022. Foi apontado, também, um salto de 20% na capacidade de geração de energia renovável (de 220 milhões para 265 milhões de kW) no mesmo período.

De acordo com a KPMG, a transição energética na América do Sul representa uma oportunidade significativa para ampliar o acesso à energia de baixo carbono e desestimular o uso de combustíveis fósseis.

“No entanto, para aproveitar plenamente esse potencial, é crucial superar as barreiras atuais e aprimorar a infraestrutura, garantir a estabilidade financeira e lidar com as questões socioeconômicas para impulsionar ainda mais a transição energética”, constata Manuel Fernandes, sócio-líder do setor de Energia e Recursos Naturais da KPMG na América do Sul.

A falta de velocidade na implementação dos meios sustentáveis para a geração de eletricidade foi identificada como o desafio mais urgente para atingir as metas climáticas estabelecidas, segundo 82% do total de respondentes do estudo e 89% dos entrevistados sul-americanos.

“Esse consenso expressivo reforça a necessidade crítica de abordar os obstáculos que atualmente impedem a rápida adoção das fontes limpas”, declara Anderson Dutra, o sócio-líder de Energia e Recursos Naturais da KPMG no Brasil.

Nesse sentido, o estudo identifica desafios persistentes, como a necessidade de aprimorar políticas e regulamentações, facilitar o acesso ao capital, acelerar a implementação de projetos e mitigar impactos ambientais. Os líderes setoriais da América do Sul enfatizaram também a urgência em eliminar subsídios aos combustíveis fósseis e fortalecer as políticas de incentivo às energias limpas.

Na área analisada, existe uma clara tendência para o desenvolvimento dessas energias, justificada pelos investimentos e pela aplicação de um conjunto diversificado de iniciativas que têm ganhado espaço na matriz energética, gerando expectativas positivas para este mercado.

A contínua colaboração entre setores público e privado, o aprimoramento das políticas de estímulo e o enfoque na superação dos desafios identificados são essenciais para fomentar e acelerar esse processo de transformação rumo a um futuro mais sustentável.


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Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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