O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) projetam um crescimento de 3,5% na carga de energia elétrica do Brasil em 2023.
A previsão consta na 2ª Revisão Quadrimestral das Previsões para o Planejamento Anual da Operação Energética 2023-2027, divulgada nesta terça-feira (01).
Segundo o documento, o resultado se manteve estável em relação à 1ª Revisão, publicada em março, mesmo com a maior perspectiva para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, que saltou de 1% para 2,3%.
Na avaliação do ONS, da CCEE e da EPE, as projeções para o curto prazo consideram como premissa a expectativa de desaceleração da economia mundial bem como o processo de desaceleração por que passa a demanda interna após o crescimento verificado no ano passado.
Outro fator é o elevado endividamento das famílias e juros ainda altos que impedem uma expansão mais significativa da atividade econômica.
“No médio prazo, espera-se uma convergência para um ambiente com maior estabilidade e confiança dos agentes, o que explica a manutenção das previsões para o aumento no PIB em 2026, de 2,3% e em 2027, de 2,5%”, diz o documento.
Ainda de acordo com o estudo, o cenário de menor incerteza favorece principalmente os setores de infraestrutura. Com isso, a estimativa é de um crescimento médio anual de 3,3% na carga no período entre 2023 e 2027, alcançando 84.980 MW médios ao final do ciclo.
Já a parcela de GD (geração distribuída) existente na carga prevista para 2023 é de 3.658 MW médios e, para o período 2024-2027, é de 3.786 MW médios. Essa geração será representada tanto na carga quanto na oferta, com efeito líquido nulo.