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A Usina Hidrelétrica de Itaipu concluiu a primeira fase de montagem da sua “ilha solar” flutuante, projeto-piloto que envolve a instalação de 1.568 painéis fotovoltaicos sobre o reservatório do Rio Paraná. A estrutura, ancorada no entorno da usina, ocupa 7,6 mil metros quadrados, área próxima à de um campo de futebol. Com os painéis já fixados, as próximas etapas incluem a instalação dos cabos de energia e comunicação e os testes operacionais. A previsão é que a ilha comece a gerar energia em novembro, com potência máxima de 1 MWp, suficiente para abastecer cerca de 650 residências. Toda a energia será utilizada internamente pela usina. Segundo o engenheiro Márcio Massakiti Kubo, o cronograma sofreu pequenos atrasos por conta de chuvas e da complexidade da montagem em área próxima ao vertedouro. “Foi necessário garantir a segurança dos trabalhadores e da operação da hidrelétrica”, explicou. Energia limpa sobre as águas Orçado em US$854,5 mil (cerca de R$4,5 milhões), o projeto é executado por um consórcio binacional com empresas do Brasil e Paraguai. Após a ativação, a ilha solar passará por um ano de avaliação técnica e ambiental para embasar possíveis expansões do sistema. Estudos preliminares da Itaipu indicam que, se 1% do reservatório fosse coberto por painéis solares, seria possível gerar 3,6 TWh por ano, cerca de 4% da produção atual da usina. “Se chegarmos a 10% da área, podemos dobrar a capacidade de geração”, estimou Rogério Meneghetti, superintendente de Energias Renováveis da usina. Atualmente, responsável por 9% da energia elétrica consumida no Brasil, Itaipu também desenvolve pesquisas em outras fontes renováveis, como hidrogênio verde, biocombustíveis e biogás, este último, inclusive, a partir de contrabando apreendido.