A sigla em inglês ESG (Environmental, social and governance), que traduzindo significa Governança Corporativa, Social e Ambiental é, sem dúvida alguma, um dos temas mais relevantes da atualidade e que mais prendem a atenção dos dirigentes empresariais, considerando, sobretudo, que os níveis de exigência para geração de valor social estão sendo elevados a patamares nunca antes vistos em todas as pontas dos negócios.
Este artigo tem como objetivo apresentar um caminho simples para implementar a cultura ESG no seu negócio e agregar valor à sua atuação empresarial. As empresas são organismos vivos que impactam a vida das pessoas, positiva ou negativamente.
Se, de um lado, empregam, geram renda e riqueza, produzem melhores bens de consumo e promovem o bem-estar, de outro podem degradar o meio ambiente, excluir grupos sociais deste avanço e concentrar em poucos o poder econômico.
Por isso, o retorno aos investidores não pode acontecer a qualquer custo e a performance financeira das empresas deve estar pautada em princípios com responsabilidade e ética.
Quando pensamos em energia ou revolução energética, é interessante termos em vista que diversas ideias estão incutidas no termo como os 5Ds da sustentabilidade, a saber: descarbonização, desburocratização, digitalização, democratização e descentralização energética. Indo além, a revolução energética abarca também mobilidade, inovação, gestão, segurança, na busca contínua da tão sonhada eficiência energética.
Todos aqueles que possuem em seu escopo de trabalho a promoção da energia limpa, naturalmente estão inseridos no contexto de sustentabilidade ambiental, da referida revolução energética, o que já direciona, de certo modo, a atuação ESG da sua empresa.
A base da cultura ESG precisa estar incrustada nos conceitos, preceitos e pilares mais básicos da sociedade, ou seja, na missão, visão e valores da sua empresa.
Além disto, o Código de Conduta, se existir, o que se recomenda fortemente, também deve refletir a preocupação da empresa com as questões sociais, ambientais e de governança corporativa.
Neste sentido, não basta existir apenas uma área responsável pelo trabalho, por mais qualificada que seja, pois estamos falando de cultura, de priorização de investimentos, de alinhamento estratégico do alto escalão que, inclusive, deve acreditar fortemente na pauta, de valores de uma corporação frente a sociedade.
O processo de compreensão dos temas materiais atrelados ao seu negócio passa, sem dúvida, pelo conhecimento da matriz de materialidade da sua organização, por suas fortalezas, forças, fraquezas e ameaças dentro dos pilares de sustentabilidade e governança corporativa.
O diálogo, para priorização das questões mais relevantes a serem cuidadas pela sua empresa, deve envolver stakeholders internos e também os atores externos, que são partes inerentes à sua cadeia produtiva, como fornecedores, prestadores de serviços, clientes, parceiros de negócios, comunidade do entorno, agentes governamentais, entre outros, permitindo que todos participem do movimento de modo a se tornarem gatilhos indutores de boas práticas também.
Para encontrar os seus itens materiais, aqueles que serão postos à avaliação de priorização, você deve percorrer e refletir sobre toda a cadeia produtiva e entender, em profundidade, onde sua empresa está inserida, em termos geográficos macro e micro, em que e como sua atividade econômica impacta social e ambientalmente estas regiões, expandindo a análise também para a produção, em si, dos equipamentos fotovoltaicos, por exemplo, fora do território nacional, inclusive.
Estude sua estratégia e seu planejamento de curto, médio e longo prazo, sob a perspectiva ESG.
Vá além, faça bechmarking, veja as mídias sociais positivas e negativas atreladas ao escopo de trabalho da sua empresa, registrando os impactos, riscos e oportunidades envolvidas. Volte o olhar para as ações internas que você já faz, aquelas que sempre fizeram sentido ou agregaram valor à sua equipe, ao time envolvido na sua operação.
Normalmente, encontra-se muita sinergia entre as questões ESG e as boas práticas já vigentes nas empresas, seja na área de Recursos Humanos, Segurança do Trabalho, Compliance, financeiro, contábil, entre outras.
Todos estes levantamentos o ajudarão a ter clareza na seleção dos itens materiais, sendo que o envolvimento das partes interessadas internas e externas trarão segurança de que as questões relevantes estão, de fato, priorizadas e servirão de norte para ações estratégicas, priorização de investimentos, entre outros.
Como forma de exemplificar o exposto acima, a seguir apresento a Matriz de Materialidade da Genyx Solar Power, em que conduzo, entre outros, a construção do primeiro Relatório de Sustentabilidade, após submissão dos itens materiais atinentes ao negócio à análise dos steakholders internos e externos.
Genyx Solar Power: Matriz de Materialidade
Com a Matriz desenhada, os dirigentes da Genyx ou de qualquer empresa terão condições de definir, de modo mais objetivo e transparente, as ações, metas e indicadores de resultado voltados a cada um dos itens materiais priorizados, prestando contas da evolução dos trabalhos para a sociedade, em primeiro plano, para os steakholders e para os investidores.
2 respostas
Excelente artigo, Luana! Muito bom ver mulheres atuando nesta área, ajudando a fomentar o setor.
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