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Coronavírus pode impactar o setor de energia solar?

Por isso, mesmo com a postergação deste feriado na China devido ao coronavírus, não vamos antecipar compras

Fabricantes e distribuidores do mercado de energia solar estão atentos à movimentação da economia do setor após o surto do coronavírus na China, a maior produtora do segmento do mundo. Porém, acreditam que ainda é cedo para o setor se alarmar com a possibilidade de desabastecimento.

Por decisão do governo, o feriado do Ano Novo Chinês foi ampliado em três dias para evitar que pessoas façam viagens de retorno para casa. A medida visa conter a proliferação do coronavírus no país.

Para Leandro Martins da Silva, diretor executivo da distribuidora de equipamentos de energia solar Ecori, é muito cedo para prever um impacto significativo no abastecimento de insumos. “A única coisa concreta que sabemos até agora é que alguns fabricantes estão estendendo o feriado do Ano Novo Chinês até dia 10 de fevereiro. Isso pode causar atraso de uma semana a dez dias nos embarques, mas já estamos acostumados com o Ano Novo Chinês e a gente já tem programação para esta época. Então, por enquanto não tem muito impacto”, afirmou Leandro.

A distribuidora SB SOLAR também se planejou para o feriado chinês, o que garantiu um pouco de fôlego. “Nos preparamos para o Ano Novo Chinês antecipando alguns pedidos junto aos nossos fornecedores e isso nos ajudou a termos um certo pulmão para este período de festas.

Por isso, mesmo com a postergação deste feriado na China devido ao coronavírus, não vamos antecipar compras. Porém, seguimos atentos às notícias e ao desenrolar deste caso, já que um possível avanço da doença pode prejudicar a cadeia de fornecimento de diversos setores da economia, não só do solar”, afirmou Marcelo Gaspar, gerente comercial da SB SOLAR.

Além das distribuidoras, os fabricantes do segmento também seguem otimistas. O diretor de vendas da Solis do Brasil, Desheng Lei, que se encontra atualmente na China também está positivo e não teme um grande impacto no abastecimento do setor em território brasileiro. “A pneumonia é grave em algumas cidades, porém a situação não é crítica nos municípios onde se encontram os principais fabricantes de equipamentos de energia solar. Acredito que o tempo de entrega de kits pode ser afetado um pouco, mas não deve afetar muito o mercado”, afirmou Lei.

Em conversa com o diretor do Canal Solar, Bruno Kikumoto, o representante da fabricante de módulos Risen, Fernando Castro, afirmou que o mercado deve sentir desabastecimento em torno de uma semana a dez dias, mas que as empresas que se programaram para o Ano Novo Chinês não devem ser tão impactadas.

Porém Castro destacou que o surto do coronavírus poderá ser sentindo no bolso do empresário. “Talvez essa situação recaia nos preços porque, entre outros fatores, o surto do coronavírus está colaborando para a alta do dólar, que na quarta fechou em R$ 4,23. Agora é acompanhar a situação para ver como o mercado vai reagir”, comentou Castro.

Segundo balanço divulgado pela agência chinesa CGTN, até quarta-feira (29) o coronavírus já causou 170 mortes e há 7.736 casos confirmados na China. No Brasil, segundo balanço divulgado na tarde de quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde, o país registrou nove casos suspeitos e 43 notificações. Desse total, 34 casos foram descartados e nenhum até agora foi oficialmente confirmado. 

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Redação do Canal Solar
Texto produzido pelos jornalistas do Canal Solar.

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