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Em quanto tempo o sistema solar retorna o investimento?

O tempo de retorno do investimento gira em torno de 4 a 5 anos, dependendo do local onde é instalado

Autor: 13 de janeiro de 2021outubro 31st, 2023Guia do Consumidor
5 minutos de leitura
Em quanto tempo o sistema solar retorna o investimento?

O sistema de energia solar vai apresentar uma lucratividade ao longo da sua vida útil

Tipicamente o payback – tempo de retorno do investimento – de um sistema fotovoltaico residencial no Brasil é de aproximadamente quatro anos.

Isso significa que depois de quatro anos, com a economia de energia elétrica proporcionada pelo sistema solar, você recupera todo o valor investido.

Acompanhe na sequência do artigo infográficos, estudos de caso e exemplos de como funciona o ROI quando se trata de investimento em energia solar.

Retorno do investimento: estudos de caso

Lembre-se sempre: o que deve ser avaliado na aquisição do sistema fotovoltaico não é o valor total do investimento, mas o benefício que ele proporciona.

O principal número a ser analisado é o tempo de retorno do investimento, que gira em torno de 4 a 5 anos, dependendo do local onde é instalado. Depois do tempo de retorno do investimento, deve-se analisar o retorno do investimento propriamente dito. Ou seja, você deve avaliar quanto dinheiro você vai ganhar com o sistema fotovoltaico ao longo dos anos.

Figura 1 – Tempo de payback ou de retorno é o tempo que leva para o sistema fotovoltaico retornar o valor investido. Tipicamente é de quatro anos nas residências brasileiras

Como todo investimento, o sistema de energia solar vai apresentar uma lucratividade ao longo da sua vida útil.  Essa análise de investimento pode ser realizada para você pela empresa contratada para o projeto e o fornecimento do sistema fotovoltaico.

Normalmente a análise de investimento é dispensada nos sistemas residenciais, uma vez que o baixo tempo de retorno e as vantagens dos sistemas fotovoltaicos já são bem conhecidas pelo mercado.

Os sistemas fotovoltaicos residenciais atualmente são viáveis e lucrativos em qualquer parte do Brasil e são apontados pelos especialistas em finanças como um investimento com rentabilidade superior à de muitos produtos financeiros.  Com a alta frequente das tarifas de eletricidade, tirar o dinheiro da poupança ou de outras aplicações e adquirir um sistema fotovoltaico é um negócio muito seguro e rentável.

Sistema de energia solar adquirido com capital próprio

A Figura 2 a seguir mostra o fluxo de caixa acumulado de um investimento em um sistema solar de 5 kW ao custo de R$ 25.000. O estudo foi feito para uma localidade onde o custo atual da energia elétrica é de R$ 0,80/kWh, considerando uma inflação de 5% ao ano.

Na prática sabemos que a energia elétrica custa bem mais do que isso em muitos lugares do Brasil e a inflação da tarifa costuma estar acima de 5%, o que torna a aquisição do sistema fotovoltaico ainda mais rentável.  Neste caso estamos considerando que o comprador usou capital próprio para adquirir o sistema fotovoltaico.

No gráfico abaixo, nos três primeiros anos o fluxo de caixa é negativo (barras vermelhas), indicando que o sistema está se pagando. A partir do quarto ano o lucro acumulado é positivo (barras verdes), o que significa que o sistema já se pagou – ou seja, o proprietário já recuperou todo o investimento realizado.

Do quinto ano em diante as barras verdes vão aumentando, indicando um lucro de cerca de R$ 225 mil no 25º ano.  Colocando na ponta do lápis, o retorno do investimento no sistema fotovoltaico será de mais de 900% ao final dos 25 anos. Ter um sistema fotovoltaico é um excelente negócio.

Figura 2  Fluxo de caixa acumulado de um sistema fotovoltaico de 5 kW adquirido com CAPITAL PRÓPRIO e instalado em um local onde a energia elétrica custa R$ 0,80/kWh, considerando inflação anual de 5% da tarifa de energia. Resultado: payback em três anos e retorno de 900% sobre o investimento.

Sistema de energia solar adquirido com financiamento

Agora vamos analisar o que acontece se o mesmo sistema de energia solar fotovoltaica for adquirido através de um financiamento. Ou seja, em vez de usar capital próprio você financia integralmente a quantia de R$ 25 mil a uma taxa de 5% ao ano, com prazo de pagamento de 5 anos. O resultado é mostrado na Figura 2.

Na Figura 3 observamos que o fluxo de caixa é sempre positivo. Isso significa que não é necessário desembolsar qualquer quantia para a aquisição do sistema fotovoltaico. As parcelas do financiamento se pagam com a economia de energia elétrica.

Figura 3 – Fluxo de caixa acumulado de um sistema fotovoltaico de 5 kW adquirido com FINANCIAMENTO, nas mesmas condições do caso anterior. Resultado: nenhum desembolso, financiamento quitado em 5 anos e retorno de 880% sobre o investimento.

A vantagem em financiar um sistema fotovoltaico é que nenhum capital próprio precisa ser utilizado. Ou seja, você pode adquirir um sistema solar sem gastar nada, apenas pegando o dinheiro emprestado no banco. A desvantagem é a que a lucratividade é um pouco menor, já que você precisa pagar juros do financiamento durante os primeiros cinco anos.

Mesmo financiado, o sistema fotovoltaico continua sendo um excelente negócio, já que o proprietário se vê livre da conta de luz e ainda alcança uma lucratividade de quase 880% nas condições usadas em nossa simulação. Além de economizar na conta de luz, o proprietário ainda ganha dinheiro sem empenhar capital próprio

Conclusão

Melhor investimento, impossível. Os sistemas fotovoltaicos retornam em pouco tempo o valor investido e ainda proporcionam lucro para o proprietário. Os números mostrados nas Figuras 2 e 3 refletem as condições reais encontradas por qualquer pessoa que deseja hoje adquirir um sistema fotovoltaico no Brasil, seja com capital próprio ou financiado.

Não é por acaso que mais de 360 mil consumidores já instalaram sistemas fotovoltaicos no Brasil, espalhados em mais de 5,1 mil municípios de Norte a Sul, totalizando mais de 4,32 GW (bilhões de watts) de potência – dados de dezembro/2020 obtidos no site da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Redação do Canal Solar

Redação do Canal Solar

Texto produzido pelos jornalistas do Canal Solar.

5 comentários

  • Eduardo disse:

    Eu tenho lido bastante sobre sistemas de armazenamento de energia por gravidade. A ideia é usar a energia elétrica para elevar uma massa (1 tonelada, por exemplo) transformando-a em energia potencial. Depois, quando precisar usar a energia, um sistema elevatório desce a massa, transformando a energia potencial em cinética e esta em energia elétrica para uso.

    Imagino que isso poderia reduzir muito o custo dos sistemas offgrid tornando-os mais interessantes e com maior retorno.

    Será que isso é viável?

  • Roberto Santos disse:

    Parabéns pela matéria, gostaria de receber mais material sobre o assunto.

  • Lino José Cardoso Santos disse:

    O assunto é muito interessante e eu gostaria de conhecer os cálculos matemáticos envolvidos. Sou integrador solar e já encontrei na internet muitas sistemáticas de cálculo por demais aproximadas que não me dão segurança em usá-las. Agradeço ao Canal Solar mais informações a respeito.

  • Takaharu disse:

    Com as mudanças climáticas cada vez mais intensas, prejudicando todo o nosso sistema de regime de chuvas e, consequentemente, afetando drasticamente o nível de nossos reservatórios para a produção de energia elétrica, a solução mais viável para fugir dos constatntes aumentos na conta de luz é a instalação de painéis solares fotovoltaicos.
    Além de economizar na conta de luz, ajudamos o país na geração de energia elétrica limpa.

  • Sérgio A. Firmino disse:

    Gostei muito da matéria.
    Gostaria de receber mais informações detalhada pra que eu possa entender melhor e colocar nas minhas propostas as informações de investimentos para o cliente .

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