A procura por sistemas fotovoltaicos tem se expandido no Brasil nos últimos anos. Diante de uma perspectiva otimista, clientes residenciais têm demonstrado maior interesse no mercado de energia solar, além do setor de indústria, comércio e rural.
Este interesse vem justamente dos benefícios econômicos e sustentáveis que a fonte solar oferece.
É possível ter energia solar no meu apartamento?
Quando o assunto é energia solar em apartamentos é comum surgir alguns questionamentos em meio aos interessados, ou até mesmo entre os profissionais da área, em relação à aplicação dos sistemas fotovoltaicos.
Para evitar a ansiedade, já adianto que, sim, é possível que moradores de apartamentos consigam usufruir das vantagens da solar. Contudo, existem algumas ressalvas.
Quer descobrir como? O Canal Solar te explica!
Como funciona?
Existem procedimentos a serem considerados para que um consumidor que more em um apartamento consiga ter acesso à energia solar.
É recomendado que o interessado em aderir ao sistema de energia solar faça uma análise entre os moradores do prédio, a fim de consultar o interesse no investimento em conjunto. Neste momento, é preciso que seja consultado o regulamento do condomínio e, caso necessário, seja realizada uma assembleia.
Geração compartilhada
A geração compartilhada é uma modalidade da GD (geração distribuída), criada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2015, por meio da Resolução 687 (Resolução Normativa 687/2015), que viabiliza o compartilhamento de energia de mini e microgeração entre consumidores que estejam na mesma área de concessão.
Este modelo de geração de energia é ideal para moradores de edifícios residenciais com interesse em obter os benefícios da fonte fotovoltaica.
O advogado Pedro Dante, especialista do setor elétrico, elucida mais sobre este tema em seu artigo intitulado Modelos de Geração Compartilhada potencializam a GD e democratizam o mercado.
Tipos de instalações
As estruturas encontradas em edifícios são similares às aplicadas em casas e este modelo de implantação de sistemas fotovoltaicos pode beneficiar um, ou mais moradores, em apenas um edifício com o uso de energia solar.
Porém, diferente das residências térreas, os edifícios contam com algumas particularidades que devem ser analisadas e respeitadas durante o processo de instalação.
Instalação em varandas e fachadas
No Brasil, o sol está em pico em um grande período do dia, ou seja, está posicionado no centro do céu durante um período mais longo, em comparação com as laterais, como ao nascer e ao pôr-do-sol.
Diante deste cenário, embora a instalação de energia fotovoltaica em varandas de apartamentos seja possível em outros países, como por exemplo na Europa, aqui no Brasil não é recomendada.
Em relação à instalação em fachadas de prédios é possível, porém, a efetividade de captação e distribuição de energia não será a mesma, devido às condições climáticas do território brasileiro.
Instalação em coberturas e telhados
É recomendado que a instalação de sistemas fotovoltaicos em edifícios seja realizada em coberturas, por ser um local ideal para o processo de conversão, justamente pelo acesso direto aos telhados e à luz solar.
Entretanto, a instalação de módulos fotovoltaicos também é possível nos telhados do prédio, considerando a maior captação de luz solar, sem que seja necessária a preocupação com o sombreamento.
É sempre recomendado contar com parceiros especialistas no assunto e que tenham experiência no mercado fotovoltaico.
Vantagens
- Contas de luz mais baratas;
- Redução de impactos ao meio ambiente;
- Na distribuição entre dois ou mais apartamentos, os moradores também serão beneficiados no sistema de créditos concedido pela ANEEL.
Entre as burocracias exigidas, é importante entender sobre a aprovação do projeto e sua homologação nos mínimos detalhes. Entretanto, há alguns passos a serem seguidos para a instalação:
- Preparo do local da instalação com desenhos e medição de onde será alocado o painel solar;
- Instalação de suportes para fixar o sistema;
- Colocação dos trilhos para fixar ainda o painel solar no local ;
- Instalação dos painéis sobre os trilhos e conexão de cabos;
- Conexão do painel solar ao inversor, além da instalação do inversor na rede elétrica do local.