Este ano foi marcado por eventos climáticos extremos que causaram prejuízos significativos em diversos setores econômicos.
A Climatempo, uma das principais consultorias meteorológicas da América Latina, alerta que a frequência desses fenômenos está aumentando rapidamente e que seus impactos não serão resolvidos no curto ou médio prazo.
A empresa projeta que o próximo ano seguirá a mesma tendência, destacando a necessidade de mudanças estratégicas para mitigar os danos e adaptar os modelos de negócios.
De acordo com a Climatempo, o setor de energia tem sido um dos mais afetados pelos eventos climáticos extremos.
Linhas de transmissão interrompidas por ventos fortes, queimadas ou descargas atmosféricas geram multas e prejuízos com ativos danificados, além de comprometer a confiabilidade do sistema, destaca a consultoria.
Além disso, a empresa aponta que contratos de concessão, geralmente com prazos de até 30 anos, também correm risco de se tornarem obsoletos devido à rápida evolução dos padrões climáticos.
Segundo Vitor Hassan, vice-presidente de Mercados e Head da vertical de energia da Climatempo, o intervalo entre eventos climáticos extremos, como tempestades, secas e chuvas severas, reduziu de cinco ou seis anos para menos de dois.
“O que está mudando não é a existência desses eventos, mas a frequência e o impacto deles. Isso tem causado prejuízos cada vez maiores aos setores econômicos, como energia, logística e infraestrutura”, afirmou Hassan.
Entre os exemplos de 2024, a Climatempo destaca a seca que comprometeu a logística fluvial no Norte, as chuvas que devastaram municípios do Rio Grande do Sul e os ventos fortes que deixaram milhares de residências e empresas sem energia na cidade de São Paulo (SP) por dias.
Para Hassan, os esforços globais de redução das emissões de GEE (gases de efeito estufa) são essenciais, mas os resultados serão percebidos apenas no longo prazo. “Mesmo que as emissões caiam a zero hoje, levaremos décadas para dissipar os gases já acumulados na atmosfera”, explicou.
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