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Energia renovável é vital para minimizar crise hídrica e alta tarifária

Especialistas destacam a importância da diversificação da matriz elétrica brasileira por meio de fontes sustentáveis

Autor: 5 de julho de 2021julho 14th, 2021Brasil
3 minutos de leitura
Energia renovável é vital para minimizar crise hídrica e alta tarifária

Atualmente, o Brasil passa pela maior crise hídrica dos últimos 91 anos, com níveis críticos de reserva de água em seus reservatórios.

Em meio a este cenário, autoridades estão discutindo entre ter apagões ou um racionamento de energia – como o que aconteceu em 2001. 

Situação, esta, que prejudica o país e muito no que se refere a conta de eletricidade. As usinas termelétricas, por exemplo, que usam gás e óleo e têm, portanto, geração mais cara, estão acionadas. 

Para se ter uma ideia, desde o dia 1º de junho, o acionamento da bandeira vermelha, no patamar 2, representava R$ 6,24 a cada 100 kWh. No entanto, a partir deste mês, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu que a tarifa extra na conta de luz passaria para R$ 9,49 por 100 kWh, o que representou um aumento de 52%.

Saiba mais: Albuquerque destaca importância das renováveis e pede uso consciente de água e luz

Entre as justificativas por trás desta situação, que já afeta a inflação e ameaça o crescimento econômico, estão a falta de chuva. Hoje, os reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração de energia do país, estão com apenas 30,2% de sua capacidade. 

Em alguns deles, o índice encontra-se até abaixo dos 11%. É o caso dos reservatórios de São Simão, Itumbiara, Marimbondo e Água Vermelha. Sendo assim, o que pode ser feito para ajudar a solucionar este problema? Na visão de Tiago Sarneski, sócio e proprietário da Entec Solar, a energia solar fotovoltaica se mostra como uma alternativa eficaz frente à crise.

“O momento é bem oportuno para tratar do assunto por várias razões: a primeira delas é o risco de apagão, seguida pela economia de dinheiro no bolso do brasileiro. Depois, porque está para ser analisado no Congresso Nacional o Projeto de Lei 5829, que instituirá o marco legal da geração distribuída no país, democratizando o acesso à solar”, destacou. 

Ademais, o executivo enalteceu as vantagens da energia fotovoltaica, como o baixo impacto ambiental, instalação simples, irrelevante custo em relação ao tempo de vida útil (mais de 25 anos) e o fato de poder ser utilizada como substituta da energia elétrica convencional.

“Inclusive, atingindo a marca de 9 GW, essa fonte sustentável está superior hoje a toda soma da capacidade de termelétricas a carvão e, até mesmo, das usinas nucleares, que representam 5,6 GW”, concluiu Sarneski.

Leia mais: Energia solar se mostra uma solução frente à crise hídrica

Para o engenheiro Roberto Caurim, CEO da Bluesun, os baixos níveis das hidrelétricas e o reajuste da ANEEL para bandeira vermelha 2 mostram também a importância e a urgência em se obter e em facilitar a ampliação das matrizes energéticas no Brasil. 

“Quanto mais opções de fontes renováveis adicionarmos, maior será a nossa diversificação, e a energia fotovoltaica já demonstra ser estável, suprindo a demanda brasileira”, disse Caurim. 

“A solar é uma fonte altamente rentável, renovável e constante. Com apenas 1% de matriz elétrica do país, fornece o equivalente a 40% da usina de Itaipu. Nesse sentido, vemos a importância da mesma, já que, se todos desligassem ao mesmo tempo os sistemas fotovoltaicos, certamente provocaria um enorme impacto no sistema elétrico brasileiro”, finalizou.

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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