A energia solar acaba de atingir a marca de 52 GW de capacidade instalada no Brasil, segundo balanço divulgado pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) na tarde desta quinta-feira (9).
No mesmo período do ano passado, o volume de potência instalada em operação no país era de 37 GW, o que representa um crescimento de aproximadamente 40% desde então.
De acordo com a entidade, desde o inicio da expansão da fonte no país, o setor fotovoltaico trouxe mais de R$ 238,3 bilhões em investimentos, gerou mais de 1,5 milhão de empregos verdes e contribuiu com R$ 73,8 bilhões em arrecadação para os cofres públicos. Além disso, evitou a emissão de 63 milhões de toneladas de CO₂.
O balanço considera o somatório dos sistemas de micro e minigeração distribuída (com 34,8 GW) e das grandes usinas solares (com 17,4 GW) espalhadas por todos os estados brasileiros.
Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, destaca que os números reforçam o alto potencial da fonte solar no cenário nacional e a resiliência do mercado diante dos desafios enfrentados nos últimos anos.
O executivo explicou que o ano passado foi marcado por muitas dificuldades para o setor, como as negativas das distribuidoras em conectar novos sistemas solares, sob a justificativa de inversão de fluxo de potência no caso da geração distribuída.
No caso da geração centralizada, o setor enfrentou cortes de geração de energia (curtailment ou constrained-off) realizados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), que prejudicaram a receita dos geradores, dificultaram o cumprimento de contratos e comprometeram investimentos em novos empreendimentos solares.
“Embora o crescimento da energia solar demonstra um protagonismo robusto da fonte na matriz elétrica brasileira, é importante destacar que o setor enfrentou uma série de desafios e barreiras, exigindo resiliência e adaptação das empresas e dos profissionais”, pontuou Koloszuk.
Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, acrescentou que muitos dos obstáculos enfrentados em 2024 continuam presentes no horizonte de curto e médio prazos para os empreendedores do setor.
“O país precisa avançar em políticas públicas, incorporando boas práticas legais e regulatórias, para aproveitar melhor o potencial da energia solar no desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil, bem como na transição energética e no combate ao aquecimento global”, afirmou Sauaia.
“Adicionalmente, há imensas oportunidades em novas tecnologias, como armazenamento de energia elétrica e hidrogênio verde, nas quais o Brasil pode assumir um papel de protagonismo, desde que construa um ambiente de negócios favorável à atração de investimentos, empresas e empregos verdes”, concluiu.
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