Entre janeiro e dezembro de 2024, a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) concluiu 26.834 novas migrações ao mercado livre de energia, um volume recorde que supera em mais de três vezes os resultados de 2023.
Os dados fazem parte de um estudo lançado nesta quinta-feira (06) pela organização, responsável pelo cadastro de consumidores no segmento e pela gestão e contabilização de contratos firmados neste mercado.
Do total de migrações do ano, aproximadamente 92% tinham demanda inferior a 0,5 MW, unidades consideradas de tamanho médio a pequeno. Além disso, cerca de 74% dos novos entrantes escolheram um agente varejista para representá-los. Em 2023, os que escolheram este perfil foram apenas 15%.
No entendimento de Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, o levantamento mostra uma transformação profunda no perfil de quem ingressa no ambiente livre, com predominância de empresas de menor porte e até de pessoas físicas.
“A abertura do Mercado Livre de Energia para toda a alta tensão confirma uma tendência que já esperávamos, de uma demanda crescente da sociedade por ter mais poder de escolha na sua relação com o consumo de energia elétrica”, disse ele.
Com a onda migratória, a CCEE encerrou 2024 com um quadro de 64.493 unidades consumidoras registradas, que representam cerca de 39% da demanda nacional por energia. “Em 2025, este total continuará crescendo em ritmo semelhante”, projeta a entidade.
Setores e Regiões
Diariamente, a CCEE analisa continuamente 15 ramos de atividades econômicas que estão aderindo ao Mercado Livre de Energia. Em 2024, os setores de comércio e serviços foram responsáveis pela metade das migrações, seguidos no ranking pela indústria de manufaturados e o segmento alimentício.
Entre as regiões brasileiras, o Sudeste respondeu pelo maior volume de migrações, sendo responsável por 50% dos novos consumidores livres. O estado de São Paulo lidera este movimento, sendo seguido pelo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais.
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