O ACL (Ambiente de Contratação Livre) segue em expansão no setor elétrico brasileiro, segundo informações da Greener, uma das principais empresas de pesquisa e consultoria sobre energia solar do país.
Com a possibilidade de negociar o preço da energia elétrica livremente e reduzir os custos com esse insumo, o volume de energia comercializada por autoprodutores no país registrou um aumento de 20% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período do ano anterior: 2.915 MWmed contra 2.428 MWmed.
De acordo com a empresa, poder negociar de forma bilateral o preço da energia elétrica e os prazos de contratação é a principal vantagem do Mercado Livre, uma vez que o consumidor conta com uma “maior flexibilidade e previsibilidade de custos, além de não ficar sujeito às bandeiras tarifárias presentes no mercado cativo”.
Ainda de acordo com a Greener, apesar do aumento das taxas de juros e da elevação do CAPEX nos empreendimentos terem impactado o volume de energia gerado pela fonte solar no ACL em 2022, a autoprodução vem impulsionando o número de PPAs assinados no país.
Economia
De acordo com uma pesquisa recém-divulgada pelo Instituto Datafolha, a pedido da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia), mais de dois terços dos brasileiros gostariam de aderir ao Mercado Livre de energia.
Segundo a entidade, mais de R$ 41 bilhões deixaram de ser gastos com energia elétrica no Brasil em 2022 por consumidores que se enquadram no ACL. No momento, tal realidade só pode ser acessada por grandes empresas.
Em 2024, contudo, consumidores de alta tensão também poderão migrar para a modalidade, conforme portaria publicada pelo MME (Ministério de Minas e Energia). Já a abertura total deste mercado está prevista para acontecer em 2028.