O MME (Ministério de Minas e Energia) informou, na noite desta quarta-feira (6), que a partir de 16 de abril, o país passará a adotar a bandeira tarifária verde na conta de luz.
A medida, com isso, deverá provocar uma redução média de cerca de 20% no valor da conta de energia dos consumidores residenciais a partir de maio.
Atualmente, a bandeira tarifária em vigor no Brasil é a “Crise Hídrica”, criada em setembro de 2021 para compensar o aumento do custo de geração em meio a maior crise hídrica da história do país.
No final de 2021, os reservatórios das Usinas Hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da geração hídrica do Brasil, por exemplo, chegaram a operar com menos de 20% da sua capacidade, o menor nível em 91 anos.
A dependência nacional pelo recurso hídrico, que correspondia na época a mais de 65% da matriz energética brasileira, obrigou o Governo Federal a tomar medidas para garantir que o abastecimento de energia para a população.
Para isso, foram importadas energia de países vizinhos, como Argentina e Uruguai, e a adesão ao uso das termelétricas – uma fonte mais cara, na qual o custo é repassado ao consumidor na conta de luz.
Desde o começo do ano passado, profissionais do setor de energia alertavam que a realização de investimentos em renováveis, entre elas a solar, seria uma solução mais viável para enfrentar e evitar a crise hídrica sem que houvesse grandes prejuízos financeiros para o país e os consumidores.
Em outubro, o próprio TCU (Tribunal de Contas da União) apontou falhas do Governo Federal e órgãos do setor elétrico no combate à crise energética. Segundo a Auditoria, as medidas adotadas ainda teriam sido tomadas de maneira “açodada”, com pouco previsibilidade e sem estimativa de impactos tarifários ao consumidor.