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MME lança programa Energia da Amazônia

Objetivo é reduzir a presença do óleo diesel na matriz elétrica da região em 70% até 2030
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Foto: Freepik

Com o objetivo de reduzir a dependência do óleo diesel na matriz elétrica da região Norte e promover a descarbonização energética, o MME (Ministério de Minas e Energia) lançou na sexta-feira (4) o programa Energia da Amazônia.

Segundo o ministro o Alexandre Silveira, a iniciativa visa substituir a geração de energia elétrica com base em óleo diesel por fontes renováveis, como a energia solar.

O anúncio foi feito durante a cerimônia de inauguração do Linhão de Tucuruí e do relançamento do programa Luz para Todos, em Parintins (AM) contando com a presença do presidente da República, senadores, deputados, prefeitos e outras autoridades.

O programa tem como meta reduzir em 70% a utilização do óleo diesel na matriz elétrica da região até 2030. Inicialmente, o MME havia previsto uma redução de 40% até 2026. Serão investidos cerca de R$ 5 bilhões no programa de transição energética da Amazônia.

Leia também: Governo quer substituir óleo diesel por energia solar na Amazônia

A geração de energia elétrica na região Norte do Brasil representa um custo anual de R$ 12 bilhões, que é suportado pela CCC (Conta de Consumo de Combustível) e pago pelos consumidores de energia elétrica em todo o país.

Os custos de geração nessa área são mais elevados devido à logística de transporte dos combustíveis. Para evitar que os custos da energia sejam muito altos para a população local, os custos de geração são rateados entre todos os consumidores do país.

Apesar do alto valor, o consumo dos sistemas isolados representa apenas 0,6% do consumo nacional, e a população dessas localidades representa somente 1,4% da população total brasileira.

De acordo com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), o estado do Amazonas é responsável por 75% do orçamento anual da CCC, enquanto Roraima contribui com 11% e o Pará com 6%. O restante está dividido entre Rondônia, Acre e Amapá.

No total, 211 comunidades fora do Sistema Interligado Nacional são abastecidas por geradores movidos a combustíveis fósseis. Na Amazônia Legal, cerca de 3 milhões de pessoas são atendidas por esses sistemas isolados, a maioria delas sendo consumidores residenciais, conforme dados da EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

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Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

Uma resposta

  1. A energia solar seria uma solução, porém não podemos esquecer o grande investimento inicial, bem como manter a operação e manutenção desses equipamentos visto que eles estarão dispersos pelas localidades e isso acarretará num centro de manutenção para diversas localidades com treinamento de pessoal. O mais difícil é o deslocamento para atender qualquer emergência. O tempo não pode ser o mesmo que no sistema interligado conforme determina atualmente a ANEEL. Esse tipo de solução já foi pensada por diversos governos, inclusive nos anteriores de Lula e Dilma.
    outro assunto que tem que ser pensado é se essa geração será individual ou dada pela distribuidoras. Essas não tem como absorver o custo do investimento, operação e manutenção, pois as tarifas atuais não cobram esse custo.

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