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Tecnologias limpas estão ficando mais baratas em razão do aumento de escala e das políticas governamentais. Foto: Freepik
O petróleo e gás se tornarão uma parte cada vez menor da matriz global de energia até 2050, enquanto alternativas de carbono zero – como energia solar e eólica – continuarão a aumentar a sua penetração na matriz elétrica mundial, segundo relatório divulgado pela BP nesta segunda-feira (30).
De acordo com o documento publicado pela petrolífera do Reino Unido, a participação dos combustíveis fósseis como fonte primária de energia deverá cair de 80% em 2019 para 55% a 20% até 2050, enquanto a participação dos renováveis crescerá de 10% para 35% a 65% no mesmo período.
Essa reestruturação fundamental dos mercados globais de energia é impulsionada por três fatores:
- Sustentabilidade: Um foco crescente na necessidade de diminuir o aquecimento global à medida que os eventos climáticos extremos se tornam mais comuns e óbvios e os cidadãos e clientes exigem ação.
- Segurança: Novo desejo de países em todo o mundo de aumentar sua segurança energética por causa da invasão russa da Ucrânia.
- Acessibilidade: Um esforço contínuo para manter os preços de energia estáveis para os consumidores.
Em nota publicada juntamente com o relatório, Spencer Dale, economista-chefe da BP, chamou esses três fatores de “trilema de energia” e destacou que o aumento das emissões de carbono e a frequência crescente de eventos climáticos extremos nos últimos anos apenas reforçam a importância de ações que ajudem o planeta a atingir a neutralidade de carbono.
Solar e eólica crescem três vezes mais que as demais fontes de energia
De acordo com a BP, o ritmo com que as energias renováveis estão entrando no sistema energético global é mais rápido do que qualquer combustível anterior na história e que tecnologias limpas também estão ficando mais baratas em razão do aumento de escala e das políticas governamentais que incluem cada vez mais incentivos financeiros.
