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ONS aponta cenários mais otimistas para o fim da estação seca

Operador reforça que o país atravessa um período de escassez hídrica e que o momento ainda é delicado e exige atenção
ONS aponta cenários mais otimistas para o fim da estação seca

A situação hídrica no Brasil pode mudar para um cenário mais favorável, segundo informe do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico)

O Operador aponta que, apesar da predominância da estação seca, no último mês já foram observadas precipitações em algumas regiões do país, principalmente no Sul. 

Considerando as ações adotadas para o enfrentamento da crise hídrica e o aumento das afluências no Sul, o armazenamento equivalente do SIN (Sistema Interligado Nacional) finalizou setembro com 24,1%, patamar superior ao verificado em agosto. A expectativa é que se mantenha até outubro de 2021

Além disso, o Operador informou que a conjuntura meteorológica indica previsões com características que apontam para a transição para o período tipicamente úmido, dentro dos padrões usuais, e possível ocorrência de chuvas no curto prazo. (Veja mais detalhes técnicos abaixo)

Para analisar o informe do ONS, o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) se reuniu na terça-feira (5) visando avaliar as condições de suprimento eletroenergético ao SIN. 

Foto: Bruno Spada/MME

Diante dos resultados apresentados e para o enfrentamento da conjuntura atual, foram definidas novas estratégias adicionais, que contemplaram destacadamente:

  • Permanência de flexibilizações hidráulicas nas usinas hidrelétricas Jupiá e Porto Primavera nos próximos períodos úmido e seco, entre os meses de dezembro/2021 e outubro/2022;
  • Diretrizes para otimização dos recursos não despachados centralizadamente a partir da modulação de sua geração alinhada às necessidades sistêmicas para atendimento à demanda máxima do SIN, quando possível;
  • Necessidade de apresentação de estudos para operação da usina hidrelétrica Belo Monte no período úmido do ano 2022, tendo em vista os ganhos de geração estimados e benefícios sistêmicos;
  • Homologação de ofertas adicionais recebidas no âmbito das Portarias Normativas MME nº 17/2021 e 22/2021, e aprovadas em reuniões técnicas do Grupo de Trabalho do CMSE para acompanhamento das condições de atendimento ao SIN, totalizando 963 MW de oferta adicional e valores máximos superiores a 600 MW simultâneos de redução de demanda, em outubro no SIN. As ofertas aceitas, com destaque para as usinas termelétricas Termonorte I e II e Uruguaiana, serão registradas na respectiva ata da reunião.

Informações técnicas

Condições Hidrometeorológicas: no mês de setembro, todas as bacias de interesse do SIN, exceto as bacias dos rios Uruguai e Iguaçu, apresentaram precipitação abaixo da média histórica. Em relação à ENA (Energia Natural Afluente), em setembro foram verificados valores abaixo da média histórica em todos os subsistemas. Considerando a ENA agregada do SIN, foram verificados valores próximos de 60% da MLT (Média de Longo Termo), o que corresponde ao quinto pior setembro do histórico de 91 anos.

Energia Armazenada: em setembro, foram verificados armazenamentos equivalentes de 16,7%, 28,6%, 40,5% e 61% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. A previsão para o fim de outubro nesses subsistemas é de 12,8%, 49,8%, 28,9% e 44,6% da EARmáx, conforme PMO/ONS (Programa Mensal da Operação) outubro/2021, revisão 1. Para o SIN, a previsão para o fim de outubro é 19,9% da EARmáx.

Expansão da Geração e Transmissão: a expansão verificada em setembro de 2021 foi de cerca de 1.770 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, 596 km de linhas de transmissão e 1.200 MVA de capacidade de transformação. Assim, em 2021, a expansão totalizou 4.919 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 5.126 km de linhas de transmissão e 15.715 MVA de capacidade de transformação. Sobre geração distribuída, a expansão verificada em 2021 foi de 2.595 MW.

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Ericka Araújo
Head de jornalismo do Canal Solar. Apresentadora do Papo Solar. Desde 2020, acompanha o mercado fotovoltaico. Possui experiência em produção de podcast, programas de entrevistas e elaboração de matérias jornalísticas. Em 2019, recebeu o Prêmio Jornalista Tropical 2019 pela SBMT e o Prêmio FEAC de Jornalismo.

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