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Queda no preço das baterias faz armazenamento entrar no radar dos brasileiros

Projeções indicam que mercado de baterias de lítio no Brasil crescerá anualmente entre 20% e 30% até 2030
Queda no preço das baterias faz armazenamento entrar no radar dos brasileiros
Sistema com armazenamento de energia instalado em uma residência. Foto: Canadian Solar/Divulgação

O recente anúncio de aumento na conta de luz dos consumidores para o mês de setembro reacendeu a preocupação dos brasileiros com seus gastos.

Em paralelo a isso, dados da IEA (Agência Internacional de Energia, na sigla em inglês), apontam que o preço das baterias no mercado internacional teve uma redução de 85% nos últimos anos. Além disso, é esperado que as baterias de lítio no Brasil cresçam até 30% todos os anos até 2030.

Na avaliação de Sophia Costa, head de novos negócios da Holu, uma fornecedora de soluções de comercialização e instalação de sistemas de energia solar, todo esse contexto faz dos sistemas de armazenamento um investimento cada vez mais atrativo para residências, comércios, indústrias e propriedades rurais.  

“Observamos que o mercado de sistemas de armazenamento de energia por baterias (BESS) está em plena ascensão global, com o uso de baterias de íons de lítio consolidando-se como uma realidade em diversas partes do mundo”, disse ela. 

Atualmente, estima-se que mais de dois milhões de baterias já estejam instaladas em residências, com destaque para países como Estados Unidos, Alemanha e Austrália. A chegada da tecnologia ao Brasil era apenas uma questão de tempo, avalia Sophia.  

“Nos próximos anos, tanto residências quanto empresas brasileiras adotarão esses sistemas em larga escala, impulsionados pela busca por maior segurança energética, sustentabilidade e independência das redes elétricas tradicionais”, pontuou.

Ainda de acordo com a IEA, a capacidade instalada global de armazenamento em baterias atingirá mais de 1 TW até o final da década, chegando a quase 5 TW até 2050.

A executiva da Holu lembra ainda que no Brasil a tendência de ampliação do uso de baterias foi amplamente percebida durante a Intersolar South America, uma das maiores feiras mundiais de energia solar e tecnologias correlatas, que aconteceu em São Paulo (SP) no final de agosto, com centenas de fabricantes internacionais trazendo as novas soluções de armazenamento para o mercado nacional.

Sophia Costa, head de novos negócios da Holu. Foto: Divulgação 

Na visão da especialista, a redução de preços das baterias permite que mais consumidores considerem a implantação de sistemas de armazenamento de energia não apenas como uma solução de backup, mas também como uma forma de se blindar da inflação energética, reduzir custos e eliminar prejuízos com a falta de abastecimento.  

“Em primeiro lugar, a segurança energética é um dos principais benefícios, evitando prejuízos financeiros decorrentes de interrupções no fornecimento de energia. Para empresas, especialmente aquelas que dependem de energia contínua, como comércios, restaurantes e mercados, as baterias garantem que as operações não sejam paralisadas, evitando perdas substanciais, como a deterioração de estoques de produtos refrigerados”, explica Sophia.

“Em residências, além de proteger eletrodomésticos contra danos causados por picos de energia, as baterias asseguram o conforto dos moradores durante apagões, preservando alimentos e até mesmo vinhos em adegas, e garantindo a continuidade de serviços críticos para pessoas que dependem de equipamentos médicos, como UTIs domiciliares”, complementa. .

Por fim, a especialista destaca ainda que, embora as baterias de lítio sejam frequentemente associadas a sistemas solares em telhados, sua utilização não se restringe a quem possui painéis fotovoltaicos. 

“As baterias podem ser carregadas diretamente a partir da rede elétrica e utilizadas como backup em caso de falhas no fornecimento, tornando-se uma solução versátil tanto para residências quanto para empresas que buscam maior autonomia e segurança energética. Além disso, essas baterias podem operar tanto em sistemas off-grid, proporcionando total independência da rede elétrica, quanto em sistemas on-grid, complementando o fornecimento de energia em caso de interrupções ou falhas na rede”, ressalta Sophia. 

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

2 respostas

  1. Estão forçando a barra neste assunto desde antes da pandemia, grandes empresas querem vender tecnologia obsoleta no Brasil, acumuladores que abrem o bico em 7 a 8 anos,e a logística reversa é complicadíssima, ai fazem lives, coinvidam especialistas, só bla bla bla, mentem para nós.
    Já existe uma nova tecnologia, uma quebra de paradigma, baterias que durariam o dobro ou mais, acumulariam 4 vezes mais, por que isto não vem para o mercado?
    Enquanto houver quem compre aquilo que o investimento já esta pago, ampliando o lucro, mesmo que seja uma péssima solução, eles não vão investir em novos releases.
    O avanço tecnológico é constante, não fiquem ansiosos para comprar calhambeques.

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