O preço do polissilício – um dos insumos fundamentais na fabricação de módulos fotovoltaicos – deverá se estabilizar ao longo do primeiro trimestre, impedindo com que o preço dos módulos fotovoltaicos fique acima dos valores registrados ao longo de praticamente todo o ano de 2022.
É o que projeta um novo estudo divulgado, nesta sexta-feira (17), pela Greener – uma das empresas de pesquisa e consultoria de maior influência junto ao setor de energia solar do mercado brasileiro.
De acordo com o levantamento, o preço do polissilício apresentou uma queda drástica entre os meses de novembro e dezembro de 2022, após uma alta de mais de 20% no primeiro semestre.
A redução possibilitou com que o insumo iniciasse o mês de janeiro de 2023 com um preço de US$ 17/kg, quase metade dos US$ 32/kg do mesmo período de 2022.
Segundo a Greener, um dos motivos para a queda no preço do insumo ocorreu porque as fábricas de polissilício aumentaram a sua capacidade produtiva no final do ano passado, o que expandiu a oferta e influenciou a queda do preço.
O custo do insumo até chegou a subir em fevereiro, ao atingir um valor de US$ 25/kg, demonstrando volatilidade em um cenário de curto prazo. Apesar disso, a Greener informa que as oscilações não devem afetar a tendência de preços durante o restante do ano.
De acordo com Márcio Takata, CEO da Greener, espera-se que a oferta e a demanda de materiais de polissilício sejam relativamente equilibradas em 2023 e que o preço do insumo se mantenha abaixo do valor do ano passado, fazendo que, principalmente, os módulos fotovoltaicos fiquem mais baratos do que em 2022.
“A tendência é de uma queda no preço do polissilício em relação a 2022, o que deverá contribuir para uma redução significativa nos preços dos módulos fotovoltaicos, que hoje respondem por 35% a 50% do preço final de um sistema de energia solar”, disse o executivo, mencionando que o valor do insumo não deve, em nenhum momento do ano, ultrapassar a barreira dos US$ 30/kg.