Reforma tributária: o que muda para o setor de energia solar?

Com nova estrutura, especialistas analisam os desafios e oportunidades para o setor de energia
Reforma tributária: o que muda para o setor de energia solar?
Foto: Freepik

“A reforma foi muito profunda, alterou a Constituição e trouxe uma nova legislação complementar, publicada em 16 de janeiro e veio para mudar a forma desorganizada com que lidamos com tributos no Brasil”, essa é a análise de Einar Tribuci, professor do Canal Solar e sócio-fundador da Tribuci Advogados.

“No entanto, o longo período de transição, até 2032, pode ser um desafio, já que teremos que conviver com dois sistemas tributários simultaneamente”, complementa o advogado.

Durante o episódio #120 da quarta temporada do podcast Papo Solar, transmitido na terça-feira (18), Einar Tribuci e Bernardo Marangon, professor do Canal Solar e diretor da Prime Energy estiveram presentes para discutir os impactos da reforma tributária.

A reforma alterou a estrutura de tributação no país, substituindo tributos como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza), PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

O que entrará em vigor, são dois novos impostos: CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), com o intuito de simplificar a arrecadação e padronizar tributação em todos os estados brasileiros.

Reforma tributária: artigo sobre GD é mantido sem alterações

Impactos para o consumidor de energia

“Em São Paulo, por exemplo, o ICMS é 18% e o PIS e COFINS varia mês a mês, mas vamos considerar em cerca de 5%, ou seja, um total de 23%. Para esse consumidor, teremos o CBS e IBS em cerca de 28,70%, um aumento de 5,7% de imposto sobre o consumo”, explicou Tribuci.

A mudança integral de 28,70% nas contas de energia poderá ser visto a partir de 2026 , mantendo o PIS e COFINS de forma reduzida. Para Tribuci, o maior impacto financeiro é no consumidor final. “É ali que morre toda a carga tributária”, pontuou.

Impactos no setor de energia solar

O advogado destacou que o universo da energia solar é grande. Segundo ele, envolve, por exemplo, a GD (geração distribuída), a venda de kit residencial, as transações no Mercado Livre de Energia.

Durante o episódio, foi comentados que a reforma tributária impactará desde a geração até o consumo de energia elétrica. “Mas a atratividade de um projeto de energia continua valendo”, afirmou Bruno Kikumoto, CEO do Canal Solar.

Segunda a análise de Bernardo Marangon , haverá uma acomodação do mercado. “No setor elétrico, a parte fiscal é muito importante e essa mudança criará uma nova dinâmica. Quem estiver atento, com conhecimento e entender os detalhes vai criar novos produtos”, ressaltou.

“Esse tema é tão importante e está sendo pouco falado no nosso segmento. Agora que está definido, todas as empresas precisam olhar com atenção para esse tema relevante”, concluiu Marangon.

Assista ao episódio completo

 

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Emily Castro
Graduanda em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, possui experiência na produção de matérias para portais jornalísticos, rádio e podcasts. Também atua como produtora do Podcast Papo Solar e dos projetos Solar em 60 e Estude com o Canal.

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