O segmento de energias renováveis é um dos setores de infraestrutura com maior resiliência à pandemias. Em parte devido à sua capacidade de garantir financiamento, além dos esforços do governo para impulsionar o crescimento da economia verde. É o que apontou um estudo realizado pelo Foresight Group, empresa especializada em investimentos.
A análise mostrou que, embora o investimento global em energias renováveis deva cair 10% em 2020 devido à Covid-19, o efeito sobre a energia solar fotovoltaica em escala de utilidade deve ser muito menor devido ao seu custo nivelado em declínio de eletricidade.
Além disso, o relatório apontou que o setor de renováveis também tem o melhor desempenho em termos de resiliência política e regulatória.
Segundo Bárbara Rubim, vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), a energia solar terá função cada vez mais estratégica para o atingimento das metas de desenvolvimento econômico nos países. “Sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável que mais gera empregos no mundo”, destacou Bárbara.
Segundo a ABSOLAR, nos últimos doze meses, cerca de 162 mil novos sistemas de geração distribuída da fonte solar foram adicionados no Brasil, representando um crescimento de mais de 130% no período.
Renováveis geraram 11,5 milhões de empregos no mundo
Um relatório divulgado pela IRENA (Agência Internacional de Energia Renovável), apontou que as fontes renováveis geraram cerca de 11,5 milhões de empregos globalmente no ano passado, contra aproximadamente 11 milhões em 2018.
Ainda segundo o levantamento, a energia solar fotovoltaica liderou os números com cerca de 3,8 milhões de postos de trabalho, representando um terço do total.
Sobre o Foresight Group
O Foresight Group, com sede em Londres, Inglaterra, administra mais de 150 usinas solares e possui mais de 1,4 GW de ativos de geração solar em todo o mundo.
A empresa anunciou, na semana passada, a formação de uma joint venture com a Elgin Energy para desenvolver um pipeline de projetos solares no Reino Unido com uma capacidade de geração total de 200 MW.
“Vemos a energia solar fotovoltaica desfrutando de uma segunda fase de crescimento impulsionada pela otimização contínua dos ativos e pela redução contínua dos custos de capital. A necessidade de atingir as metas líquidas de zero e a reintrodução potencial de apoio governamental irá encorajar ainda mais a implantação de energia solar em grande escala”, destacou Peter Bolton, diretor da Foresight.