Santander realiza 1º empréstimo verde no Espírito Santo

Banco liberou R$ 2 milhões para a Brametal construir uma estação de tratamento de efluente
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Planta geral da fabricante de estruturas metálicas Brametal. Foto: divulgação

A Brametal recebeu um empréstimo de R$ 2 milhões do Santander Brasil para construir uma ETE (estação de tratamento de efluentes) em Linhares, no Espírito Santo. O projeto beneficiará 5,4 mil habitantes.

Essa é a primeira operação de crédito verde concedida no estado pelo banco. Quando concluída a obra, em meados de 2022, a ETE será doada ao SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) do município.

A estação terá capacidade para tratar 10 litros por segundo e atenderá ao interesse público de uma parcela de moradores de Linhares, especialmente os que vivem na região do Rio Quartel, que ainda não dispõe desse tipo de acesso sanitário.

“As companhias estão olhando com bastante atenção para os princípios ESG. Neste caso, além da questão ambiental, destaca-se o impacto social, à medida que a construção dessa ETE pode representar uma melhora significativa na saúde da população”, disse Carolina Learth, responsável pela área de Sustentabilidade no Santander Brasil.

“O SAAE buscava parceiros na iniciativa privada que pudessem, de forma eficiente e econômica, contribuir ativamente para o desenvolvimento social e apoiar projetos de preservação ambiental, algo totalmente alinhado com nossa estratégia na região capixaba”, ressaltou Marcos Bercht, diretor industrial da Brametal.

Ações sustentáveis do Santander

Em 2021, o Santander viabilizou mais de R$ 51 bilhões em negócios sustentáveis – que incluem operações de energia renovável, agricultura de baixo carbono e emissão de títulos verdes, por exemplo.

Inclusive, de acordo com pesquisa realizada pela Greener, consultoria especializada no setor fotovoltaico, o banco aparece na segunda colocação entre os mais citados para financiamento de projetos solares fotovoltaicos.

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Em primeiro lugar, está o BV (43%), seguido do Santander (36%), Sicredi (24%), Solfácil (23%), Banco do Brasil (22%), Sicoob (20%), Bradesco (10%), BNB (7%) e as demais instituições (14%). 

“Casos de pagamento à vista diminuíram com o passar dos anos, dando espaço justamente para o financiamento bancário”, apontou a Greener.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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