A Sunova Solar lançou para o mercado o módulo bifacial Tangra L HD – que possui frame de compósito. O painel possui benefícios como maior resistência à corrosão, redução do PID (Degradação Potencial Induzida) e menor peso.
O modelo, com potência de até 620 W e eficiência de até 22,9%, é certificado para suportar carga de vento (2400 Pa) e carga de neve (5400 Pa), bem como possui 132 células, 15 anos de garantia do produto, 30 anos de garantia de potência linear e 0,40% de degradação anual.
“Os painéis solares com frame de compósito vêm se destacando no mercado como uma alternativa inovadora aos tradicionais frames de alumínio. Com uma estrutura que combina fibra de vidro, poliuretano, revestimento anti-UV e feltro, esses frames apresentam vantagens técnicas e econômicas”, destacou Victor Antoniolli, gerente de Suporte Técnico LATAM da Sunova.
“A mistura desses materiais oferece uma rigidez estrutural similar ao alumínio, garantindo a integridade do painel mesmo em condições adversas, como fortes ventos e cargas de neve. Além disso, o peso reduzido desse tipo de frame contribui para a facilidade de instalação, o que pode resultar em economia de tempo e custos durante a montagem dos sistemas fotovoltaicos”, explicou.
De acordo com ele, uma das principais vantagens dos frames de compósito é justamente a sua alta resistência à corrosão, especialmente em regiões litorâneas, onde a névoa salina é uma grande preocupação.O alumínio, apesar de ser resistente e amplamente utilizado, pode sofrer degradação em ambientes com alta salinidade, impactando a durabilidade do painel.
“Já o frame de compósito, com seu revestimento anti-UV e propriedades químicas estáveis, é imune a esse tipo de corrosão, o que garante uma vida útil prolongada sem a necessidade de substituição ou manutenção frequente”, disse.
Demais vantagens
Outra vantagem é a ausência de corrosão galvânica. Quando diferentes metais entram em contato, ocorre a chamada corrosão galvânica, que pode comprometer a estrutura dos painéis.
Segundo Antoniolli, como os frames de compósito são fabricados a partir de materiais não metálicos, esse tipo de corrosão simplesmente não ocorre, eliminando mais uma preocupação de manutenção e ampliando a confiabilidade do sistema.
“Esse diferencial se traduz em maior tranquilidade para os proprietários de sistemas solares, especialmente em regiões com alto índice de poluição ou em ambientes industriais”, ressaltou.
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Além das vantagens estruturais e de durabilidade, os painéis solares com frame de compósito também se destacam na mitigação do efeito PID, um fenômeno que reduz a eficiência dos módulos fotovoltaicos ao longo do tempo. O efeito PID ocorre quando há uma migração de íons no módulo, causada por diferenças de potencial elétrico, o que provoca perdas de potência.
“Como o compósito é um material não condutor, ele reduz significativamente a formação de campos elétricos indesejados entre o frame e as células fotovoltaicas. Isso contribui para a diminuição do risco de degradação por PID, preservando a eficiência e a capacidade de geração de energia dos painéis ao longo de sua vida útil”, apontou.
Dessa forma, o técnico afirmou que os módulos com frame de compósito não apenas apresentam vantagens mecânicas e químicas, mas também garantem um desempenho elétrico mais estável e duradouro em comparação aos frames convencionais de alumínio.
O especialista enfatizou ainda que os frames de compósito não necessitam de aterramento, ao contrário dos de alumínio. “Em instalações fotovoltaicas, a exigência de aterramento dos frames de alumínio aumenta a complexidade e os custos do projeto, pois é necessário garantir que todo o sistema esteja devidamente conectado ao sistema de proteção contra descargas elétricas”.
“Com os frames de compósito, essa exigência é eliminada, simplificando o design e reduzindo os custos de instalação, além de oferecer maior segurança. Assim, para projetos em ambientes desafiadores, o uso de frames de compósito pode ser uma solução superior, aliando durabilidade, segurança e economia”, concluiu.
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