Com a indústria química enfrentando desafios com capacidade improdutiva e um saldo negativo na balança comercial, o Projeto de Lei 892/2025, ainda em trâmite na Câmara dos Deputados, cria o Programa Especial de Sustentabilidade da Indústria Química (Presiq), que se apresenta como uma estratégia para impulsionar a retomada da produção.
A proposta tem como objetivo colocar a indústria química brasileira na vanguarda da sustentabilidade, com a meta de reduzir em 30% as emissões de CO² por tonelada produzida até 2050. O foco é ajudar o país a cumprir as metas globais de descarbonização e promover o uso de matérias-primas mais limpas.
Um estudo realizado pela Way Carbon para a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) revelou que a produção química no Brasil é menos intensiva em carbono em comparação com a da Europa (5 a 35%) e o restante do mundo (15 a 51%).
Para André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Abiquim, a produção de químicos a partir de biomassa é uma das principais apostas para a descarbonização do setor.
“Esse é o melhor caminho para a descarbonização, em especial porque essa biomassa é precursora de diversos produtos. O Brasil já tem acesso à maior parte dessas matérias-primas”, comentou.
O Presiq também traz estímulos fiscais para dar um empurrãozinho nas empresas que adotarem práticas mais verdes. O projeto prevê que o programa gere um impacto de R$ 112,1 bilhões no PIB até 2029 e crie até 81 mil novos postos de trabalho, incluindo créditos financeiros de R$ 4 bilhões para a compra de insumos mais limpos e incentivos à ampliação da capacidade instalada das indústrias.
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