A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) inaugurou, na última quinta-feira (21), em parceria com a Huawei, uma usina solar no campus Higienópolis, localizado na cidade de São Paulo (SP).
O projeto “Inova Solar: Mackenzie – Huawei” visa desenvolver pesquisa e desenvolvimento na geração de energia solar e, com isso, criar um padrão nacional de segurança para instalação, manutenção e prevenção de acidentes.
Além disso, tem como objetivo criar um modelo preditivo de previsão de geração de energia e saber como os otimizadores – dispositivos que reduzem o impacto que a sombra causa na instalação – podem melhorar a eficiência do sistema.
A usina, que terá capacidade de gerar até 20 kWh e conta com inversores Huawei, que possuem a tecnologia AFCI (arc fault circuit interrupter), que monitora a ocorrência de arcos voltaicos, geralmente causados por maus contatos nas instalações, e desligam automaticamente em 0,5s, garantindo a segurança dos sistemas.
Bruno Luis Soares de Lima, professor da Escola de Engenharia (EE) da UPM e pesquisador integrante do projeto, explica que os inversores fabricados no Brasil serão submetidos a testes pela universidade. “Vamos ver como eles cessam o arco voltaico, promovem a segurança elétrica para os usuários”.
O Brasil ainda não tem uma norma para a segurança dos sistemas de geração de energia solar, e uma das intenções do projeto é ajudar a criar esse padrão, com base em referências internacionais.
“Essa norma está em elaboração pelo comitê da ABNT e quando ela sair, queremos que o nosso laboratório seja um dos certificadores dos equipamentos”, disse o professor.
Para a Huawei Digital Power, o Inova Solar reflete a visão da multinacional nas ações que promovem inovação, segurança e capacitação, e os resultados vão permitir que a sociedade se beneficie.
“A usina é pequena em relação ao tamanho da universidade para que tenhamos um controle dos testes, para pesquisa e desenvolvimento. Os resultados vão gerar frutos para serem replicados”, enfatizou Andrey Oliveira, diretor de soluções residenciais da Huawei Digital Power.
“É essencial ter segurança para todo mundo, por isso os nossos inversores já são fabricados com essa camada de proteção. Alguns países já têm obrigatoriedade e padrões e é isso que também queremos para o Brasil”, pontuou.
Tecnologia, algoritmo e inteligência artificial
De acordo com a Huawei, a planta solar também conta com soluções inovadoras e inteligência artificial (IA). Um drone vai sobrevoar a instalação para fazer a manutenção do sistema e, a partir do sobrevoo, o dispositivo detecta defeitos.
O empreendimento também pretende desenvolver um algoritmo de previsão de geração de energia fotovoltaica, que vai se basear nas medições históricas da planta, nas câmaras que medem o sombreamento e na estação meteorológica que mede os dados climáticos para gerar um modelo de inteligência artificial.
A partir desses dados, a expectativa é prever quanto um sistema pode gerar de energia. Conforme a fabricante, atualmente, a falta dessa previsão é uma das dores do mercado de energia fotovoltaica. “A usina entra em operação e muitas vezes gera menos do que foi planejado”, relatou o pesquisador.
Educação e capacitação
O laboratório será utilizado pelos alunos da graduação do Mackenzie. O sistema fotovoltaico será incorporado às aulas da disciplina de Geração de Energia.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo também recebeu um curso de capacitação em energia solar, e por meio de EAD (Educação à Distância), os profissionais treinados poderão ministrar aulas para bombeiros dos outros estados do Brasil.
O objetivo é que esses socorristas entendam os riscos, a manutenção da instalação fotovoltaica e que tenham conhecimento para realizar salvamentos.
Uma resposta
Mateus, bom dia. Achei que 20 KWH está jogado no texto erroneamente. Pede para corrigirem? Grato