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Vivo fecha acordo para consumir 20% da produção do complexo solar Janaúba

Com mais de 20 parques, empreendimento é um dos maiores da América Latina

Autor: 19 de outubro de 2023ESG
3 minutos de leitura
Vivo fecha acordo para consumir 20% da produção do complexo solar Janaúba

No total, foram instalados 2,2 milhões de painéis solares e a Vivo passou a ser dona de 440 mil placas. Foto: Divulgação/Prefeitura de Janaúba

A Vivo fechou um acordo com a Elera Renováveis para consumir 20% da produção do Complexo Solar Janaúba, instalado em Minas Gerais. A gigante de telecomunicações passou a ser sócia do empreendimento, em uma modalidade conhecida como autoprodução de energia elétrica.

A empresa será dona de quatro usinas que somam 237 megawatts-pico (MWp), energia suficiente para abastecer mais de 200 unidades consumidoras da Vivo em média tensão.

Com 112 milhões de acessos fixos e móveis, a Vivo tem na energia elétrica um insumo essencial na prestação dos serviços, com um consumo médio de 1.800 GWh hora/ano. A entrada em autoprodução reduz a dependência na aquisição de energia no mercado livre e torna a empresa menos suscetível a variações do setor. Cerca de 76% do consumo energético da corporação provém do mercado livre.

A autoprodução tem crescido no Brasil, pois a energia se torna mais barata na medida em que há a isenção do pagamento de uma série de encargos setoriais que encarecem o custo da eletricidade.

“A autoprodução em média tensão consolida nossa estratégia voltada ao desenvolvimento sustentável e melhores práticas ESG, que inclui o uso de energia renovável e a implantação de usinas de geração distribuída, que já somam 62 unidades, de fontes solar, hídrica e de biogás, em operação por todo o país”, disse por meio de comunicado o diretor de Patrimônio, Logística e Compras da Vivo, Caio Guimarães.

Considerado um dos maiores complexos solares da América Latina, o Complexo Solar Janaúba é operado pela Elera Renováveis, empresa do grupo canadense Brookfield. A usina tem capacidade instalada de 1,2 gigawatts-pico (GWp) e conta com 20 parques em uma área equivalente a 4.300 campos de futebol. No total, foram instalados 2,2 milhões de painéis solares e a Vivo passou a ser dona de 440 mil placas.

Segundo o vice-presidente Comercial e de Novos Negócios da Elera, a parceria com a Vivo reforça o compromisso com a agenda de transição energética da companhia.

“A construção do maior complexo solar das Américas é um marco histórico para o Brasil e para nossa empresa. O complexo que entrou em operação este ano evita a emissão de mais de 740 mil toneladas de CO2 por ano, e ajuda os nossos clientes a atingirem suas metas de descarbonização de forma competitiva. Parcerias duradouras como a da Vivo são um exemplo de como consumidores de energia podem se tornar autoprodutores”, disse também através de nota.

Desde 2015, a Vivo disse que mantém metas ambientais voltadas à redução de emissões de gases causadores do efeito estufa. Em novembro de 2018, tornou-se a primeira empresa do setor com energia 100% proveniente de fontes renováveis, tanto em função do projeto de geração distribuída, em baixa tensão, quanto pela energia obtida no mercado livre.

O restante do consumo da companhia oriundo do mercado regulado é compensado com os I-RECs (International Renewable Energy Certificates), de fonte eólica.

Segundo a Vivo, o uso de energia renovável contribuiu para redução de 88% das suas emissões diretas de CO2 no período entre 2015 e 2022, e viabilizou à empresa um importante avanço para neutralizar suas emissões.

A empresa é neutra em carbono em emissões diretas. Como parte do grupo Telefônica, tem como objetivo atingir zero emissões líquidas até 2040, considerando toda a sua cadeia de valor.

Wagner Freire

Wagner Freire

Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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