Metrô de SP quer se tornar autoprodutor de energia renovável

Empresa de transportes pretende atender até 40% consumo de eletricidade
Metrô de SP quer se tornar autoprodutor de energia renovável
Energia solar é uma das fontes que farão parte do estudo. Foto: Divulgação/Metrô

O Metrô de São Paulo publicou um edital para o recebimento de propostas para que a empresa de transportes possa se tornar autoprodutor de energia elétrica. A ideia é que 20% a 40% da demanda seja suprida por fontes renováveis.

Atualmente, as quatro linhas 63 estações consomem 50 MW médios de energia, que é adquirida no mercado livre. O Metrô pretende contar com 10 MW de energia inicialmente e mais tarde 20 MW, perfazendo uma participação de cerca de 40% do consumo.

Objetivo da empresa é reduzir custos com energia elétrica e de quebra tornar sua operação mais sustentável. Interessados em participar deverão enviar suas propostas para o email [email protected].

A Chamada Pública foi divulgada no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Fonte: Diário Oficial de SP/Reprodução

Ainda não está claro como o Metrô e a futura contratada atuarão em conjunto já que não se prevê uma licitação comum. A previsão é que a parceria dure 15 anos, mas com possibilidade de extensão. A empresa que assinar contrato poderá negociar o excedente de energia gerado desde que isso não prejudique o fornecimento ao Metrô.

Em 2020, o Metrô já havia ido ao mercado privado em busca de informações sobre a ideia de geração própria de eletricidade. Na época, a empresa pretendia gerar ao menos 120 MW por mês, ou seja, seis vezes mais do que na atual chamada pública.

Nada menos que 14 empresas e consórcios enviaram manifestações de interesse no projeto, do qual a vencedora receberia quase R$ 4 milhões pelo estudo.

Entre os requisitos do novo edital estão:

  • Menor preço de energia para o Metrô no regime de autoprodução;
  • Maior economia final para o Metrô em comparação com as projeções de preço para a aquisição de energia convencional no Ambiente de Contratação Livre por meio de contratos bilaterais de longo prazo;
  • Maior eficiência tributária para o Metrô em decorrência da estrutura de autoprodução;
  • Segurança de atendimento do volume demandado (10 MW médios numa primeira fase e 20 MW médios a partir de então);
  • Menores riscos para o Metrô, notadamente riscos regulatórios, riscos fiscais e de enquadramento da estrutura proposta no regime de autoprodução;
  • Experiência e histórico em projetos de geração de energia do proponente e/ou de seu grupo econômico;
  • Histórico de parcerias do proponente e/ou do seu grupo econômico;
  • Capacidade financeira do proponente e/ou de seu grupo econômico para assegurar a implementação do projeto e honrar seus compromissos contratuais.

As propostas terão validade de 120 dias, mas a companhia não divulgou o cronograma do projeto em seu site.

Imagem de Wagner Freire
Wagner Freire
Wagner Freire é jornalista graduado pela FMU. Atuou como repórter no Jornal da Energia, Canal Energia e Agência Estado. Cobre o setor elétrico desde 2011. Possui experiência na cobertura de eventos, como leilões de energia, convenções, palestras, feiras, congressos e seminários.

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