Projetos híbridos e flutuantes ganharão espaço a partir do 2º trimestre

Gerente geral da TBEA avalia que redução no preço das baterias e custo-benefício das usinas flutuantes explicam projeções
Antônio Salgueiro, gerente geral da TBEA. Foto: TBEA/Divulgação

Depois de um primeiro semestre de 2023 desafiador e que foi impactado por uma série de fatores regulatórios, econômicos e climáticos, o setor de energia solar viu na queda recorde de preços dos painéis solares uma melhora gradativa nos segmentos de geração distribuída e centralizada. 

Para 2024, esse cenário segue otimista e com perspectivas de crescimento para projetos híbridos e usinas de energia solar flutuante, sobretudo a partir de Q2, no segundo trimestre do ano. 

Essa é a avaliação de Antônio Salgueiro, gerente geral da TBEA, fabricante chinesa de equipamentos fotovoltaicos, transformadores e equipamentos de qualidade de energia, que atua no Brasil há três anos e que promete elevar ainda mais os investimentos no país em 2024. 

“Como as regras para as flutuantes permite que se faça projetos de grande porte, nas mesmas regras de GD, a solução acaba sendo bastante efetiva”, disse ele. 

“Podemos fazer uma centena de usinas flutuantes juntas, num parque bem grande, divididos em transformadores de 1 MW, por exemplo, e trabalhar com tarifas muito interessantes”, complementou. 

Com relação às soluções em armazenamento de energia, Salgueiro disse que não só a TBEA, como todo o mercado fotovoltaico, está intensificando investimentos em projetos com o uso de baterias para 2024.

A TBEA, por exemplo, vai intensificar a venda de aplicações em BESS, em razão da redução do preço das baterias no mercado internacional e do maior interesse do mercado na solução, sobretudo em países da América Latina como Chile, Colômbia e agora Brasil. 

“A solução de BESS sempre  sofreu com a questão de viabilidade pelo alto Capex. Mas agora, com a baixa do preço das baterias, começa a ficar interessante”, afirmou ele. 

Parceria e investimentos

O gerente geral disse também ao Canal Solar que a TBEA está num momento de crescimento e de consolidação da marca no país. Ele revelou que, somente neste final de ano, a fabricante passou a comissionar mais de 750 MWac de inversores e subestações em plantas de geração centralizada.   

Outras plantas como as usinas solares de Nova Olinda, no município de Ribeira do Piauí, há cerca de 290 km de Teresina (PI), já operam a mais de seis meses com inversores centrais da TBEA, estando estas listadas por três meses consecutivos entre as melhores plantas do mercado em termos de fator de capacidade, num total de 930 mil painéis solares operando em uma área de 690 hectares. 

Parque solar de Nova Olinda, no Piauí. Foto: TBEA/Divulgação

Além disso, o executivo comentou que a TBEA se preparou em 2023 para atingir grandes objetivos em 2024. Na Intersolar South America, a empresa firmou acordos da ordem de 3,5 GWac com empresas como a Aurora, Elétron, Kroma e Próton. 

A empresa também está realizando investimentos em seu time de marketing, engenharia e financeiro, com o objetivo de terminar o ano como uma das três maiores fabricantes do segmento de inversores para usinas centralizadas no Brasil. 

“Estamos deixando a marca mais robusta e trabalhando na construção do pós-venda, que para nós é uma etapa indispensável, ainda mais no mercado de inversores”, disse ele.

“Também estamos trazendo produtos que os nossos concorrentes não têm, como skids e transformadores, fabricados por nós mesmos, onde já ultrapassamos vendas de mais 1,5 GWac deste tipo de equipamento no Brasil”, finalizou Salgueiro. 

Novidades da TBEA sendo apresentadas na Intersolar. Foto: TBEA/Divulgação

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Imagem de Henrique Hein
Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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