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Brasil tem a 1ª usina de autoprodução por PPP em empresa de saneamento

Empresa de saneamento básico pernambucana prevê produzir 7 MW para consumo próprio
Compesa é a primeira empresa com investimento PPP para energia solar
Usina prevê a produção de 70% de energia renovável ainda em 2024. Foto: Compesa/Reprodução

A Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) é a primeira empresa de saneamento no Brasil a utilizar usina de autoprodução para energia elétrica, no regime de PPP (Parceria Público Privada). A usina foi inaugurada em Flores, no Sertão do Pajeú, no início de fevereiro. 

A autoprodução de energia é adotada por empresas como uma alternativa para reduzir custos através de energia renovável, que também tem o foco de descarbonização. A ação é obtida por meio do mercado livre de energia e é regulada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

O parque solar São Pedro e Paulo tem capacidade para produzir 7 MW. Para alcançar esse montante, o projeto recebeu 10 mil placas solares para geração de energia e foi construída em uma área correspondente a 12 campos de futebol. É como se esse parque abastecesse 11 mil residências de médio porte por ano.

O empreendimento é fruto de uma PPP, que resultou de um arrendamento entre a Compesa e o Consórcio Pernambuco Energia. O projeto recebeu investimento de R$ 26 milhões. Esse investimento será revertido em uma economia de aproximadamente R$ 2 milhões por ano.

A Compesa, maior consumidora de energia elétrica de Pernambuco, tem o objetivo de alcançar, ainda neste ano, a produção de 70% da energia usada sendo produzida por fontes renováveis, e que abastecerá 86 unidades consumidoras da empresa.

“A gente vai gastar menos com energia e vai gastar na linha da sustentabilidade. Esse é um compromisso da Compesa. Essa é uma parceria inédita, que coloca a gente no rumo desse tema tão importante, que é a sustentabilidade”, disse o presidente da Compesa, Alex Campos. 

Próximas etapas

A segunda etapa refere-se a duas outras usinas, também instaladas em Flores. Elas terão capacidade de 60 MW, com cerca de 90 mil placas solares e a previsão de entrega é para o final de 2025.

A terceira etapa do empreendimento será instalada em Garanhuns, no agreste pernambucano, e terá 68 MW de potência instalada, com mais de cem mil placas solares.

Juntas, as usinas solares de Flores e Garanhuns vão gerar 320 GWh ao ano. Essa geração abasteceria 175 mil residências de médio porte por ano. 

Ao longo de 29 anos, a companhia prevê economizar R$ 1,1 bilhão. Com investimentos provenientes dessa e de outras iniciativas em curso, a expectativa da empresa é economizar R$ 7,8 milhões ao ano. 

 


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Viviane Lucio
Jornalista graduada pela UNIP (Universidade Paulista) e especialista em jornalismo científico pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Possui experiência em produção de notícias, reportagens, fotografia, assessoria de comunicação e de imprensa.

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