Dados do ONS (Operador Nacional do Sistema) apontam que os brasileiros usam mais eletricidade nos meses durante o período de verão (geralmente entre janeiro e fevereiro), que é quando temos mais o uso de refrigeração, seja com ar condicionado nas casas e empresas, ou com refrigeração industrial e rural, para leite, carnes, etc.
Analisando este cenário, Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), em entrevista ao Canal Solar, destacou que a tecnologia fotovoltaica é essencial para aliviar a operação do sistema no horário de mais demanda da energia elétrica.
“Por ser um período muito ensolarado, temos recursos solares disponíveis de norte a sul e de qualidade para aliviar o sistema. As horas em que o sistema mais usa eletricidade nos meses de verão são durante o dia, em especial entre 11h e 17h”, explicou o especialista.
“Neste período, a energia normalmente acaba se tornando também mais cara, pois a demanda sobe muito e o operador acaba despachando mais termelétricas. É neste momento que a solar ajuda a reduzir essa pressão, já que gera energia justamente nestes horários diurnos de maior demanda”, concluiu.
Solar se mostra uma solução frente à crise hídrica
A matriz elétrica brasileira atual ainda é muito dependente da fonte hídrica. Quando os reservatórios das hidrelétricas estão baixos, o ONS aciona usinas termelétricas fósseis emergenciais – mais caras, poluentes e que provocam bandeiras tarifárias amarela e vermelha.
Tendo em conta esta situação, “a energia solar é vista como essencial para ajudar a economizar água dos reservatórios hídricos, aliviando a operação da matriz energética nacional e o bolso dos consumidores”, destacou Sauaia.