O GT (grupo de trabalho) criado pelo Governo Federal para discutir estratégias que possam minimizar os impactos do curtailment no Brasil, sobretudo na região Nordeste, se reunirá nesta quinta-feira (13) para iniciar as discussões a cerca do tema.
O encontro tem como objetivo coordenar ações, realizar diagnósticos e sugerir medidas regulatórias e operacionais que possam minimizar os impactos dos cortes na geração de energia renovável. O grupo foi criado na reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) do dia 6 de março.
Governo cria grupo de trabalho para minimizar curtailment em usinas solares e eólicas
O grupo de trabalho é composto por órgãos como o MME (Ministério de Minas e Energia), a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).
Além deste encontro, uma segunda reunião técnica também está agendada para 31 de março, com o foco em discutir a governança dos modelos computacionais de avaliação de risco. Os critérios, procedimentos e prazos para aplicação dessas medidas serão divulgados em breve.
Prejuízos causados pelo curtailment
O termo curtailment refere-se à redução forçada da geração de energia por determinação do ONS – que afirma que a medida é adotada para garantir a segurança e a estabilidade da rede elétrica quando a oferta instantânea supera o consumo do SIN (Sistema Interligado Nacional).
Há meses, empresas do setor energético vem alertando o Governo Federal para a necessidade de medidas urgentes, uma vez que o corte na produção de usinas eólicas e solares se tornou um problema que tem causado perdas financeiras para muitas empresas.
Um estudo da consultoria Volt Robotics, por exemplo, revelou que mais de 1,4 mil usinas solares e eólicas sofreram cortes na geração de energia por determinação do ONS em 2024.
Os prejuízos financeiros ultrapassam R$ 1,6 bilhão, com mais de 14,6 TWh médios de energia cortados. Ao todo, foram mais de 400 mil horas de geração interrompidas, sendo que o Nordeste foi a região mais impactada, acumulando 330 mil horas.
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