A demanda nacional de energia elétrica deve atingir 77.513 MWmed em outubro, o que representará um crescimento de 6,3% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo estimativas do ONS (Operador Nacional do Sistema). O valor é superior aos 5,9% indicados previamente.
As altas temperaturas (que levam ao maior uso de refrigeradores e ar-condicionados) e o aquecimento de alguns setores da economia (comércio e serviços) podem explicar esse resultado.
Em agosto e setembro, o crescimento da carga ficou em 3,3% (72.734 MWmed) e 5,8% (75.234 MWmed), respectivamente.
Veja a previsão de carga para os quatro subsistemas elétricos em outubro na comparação anual:
Sudeste/Centro-Oeste: 43.996 MWmed (+5,8%)
Sul: 12.611 MWmed (+4,6%)
Nordeste: 13.144 MWmed (6,6%)
Norte: 7.762 MWmed (+11,4%)
Reservatórios das hidrelétricas
A previsão do ONS é que ao menos três subsistemas deverão ficar com energia armazenada (EAR) acima de 60%. Para a região Sul, a ENA indicada é de 96,6% e para o Sudeste/Centro-Oeste está em 69,3%, ambos números superiores ao divulgado na semana passada (95,2% e 68,4%, respectivamente).
“Se o previsto para o Sudeste/Centro-Oeste se confirmar, região que concentra 70% dos reservatórios mais relevantes para o SIN, o índice será 19,8 p.p. superior a outubro de 2022 e o melhor resultado para a época em toda a série histórica iniciada em 2000”, diz o ONS.
As previsões para o Nordeste e o Norte são de 61% e 56,5%, nesta ordem.
A quantidade de chuvas que chegam aos reservatórios, conhecida como Energia Natural Afluente (ENA), também tem perspectiva de crescimento em relação às projeções anteriores.
O Sul segue com a possibilidade de atingir a ENA mais elevada: 345% da Média de Longo Termo (MLT), ante 264% da MLT da revisão anterior. O Sudeste/Centro-Oeste deve chegar a 99% da MLT (92%) e o Norte pode atingir 64% da MLT (56%).
O subsistema Nordeste tem um comportamento oposto, com uma redução na projeção da ENA, que deve encerrar outubro em 48% (ante uma previsão de 52%).