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As distribuidoras que mais perderam clientes para o Mercado Livre de Energia foram a Copel, Enel SP e Celesc.
O ritmo de migração para o Mercado Livre de Energia continua acelerado no Brasil. Nos primeiros dois meses deste ano, 4.403 consumidores já notificaram sua intenção de deixar o mercado regulado entre 2024 e 2025.
De acordo com dados atualizados pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e apurados pelo Canal Solar, somente em fevereiro, 2.244 unidades escolheram a liberdade de selecionar seu fornecedor de energia.
O relatório de migração potencial revela que um total de 19.035 consumidores planejam ingressar no ACL (Ambiente de Contratação Livre) entre 2024 e 2025. Desse contingente, 94,66% (18.018) são unidades com consumo inferior a 500 kW, classificadas como clientes varejistas.
As distribuidoras que mais perderam clientes são Copel (Paraná), Enel SP (São Paulo), Celesc (Santa Catarina), CPFL Paulista (São Paulo), Cemig (Minas Gerais), RGE (Rio Grande do Sul), Neoenergia Elektro (São Paulo), ENEL CE (Ceará) e Light (Rio de Janeiro).
A evolução do potencial de migrações mostra um crescimento contínuo:
- 14.632 Unidades Consumidoras (31/12/2023)
- 16.791 Unidades Consumidoras (31/01/2024)
- 19.035 Unidades Consumidoras (29/02/2024)
A distribuição das migrações por região do país é a seguinte:
- Sudeste: 8.597 UC (45,16%)
- Sul: 5.038 UC (26,46%)
- Nordeste: 3.726 UC (19,57%)
- Centro Oeste: 1.158 UC (6,08%)
- Norte: 519 UC (2,72%)
Devido ao perfil de consumo dos novos clientes, o volume de energia adicionado ao Mercado Livre de Energia é relativamente baixo. As mais de 19 mil UCs representam um consumo total de 1.240 MW médios, sendo 798 MWmed provenientes dos consumidores varejistas.
A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) relata que 3.866 consumidores concluíram a migração para o Mercado Livre de Energia entre janeiro e fevereiro, adicionando uma carga mensal de aproximadamente 990 MW. Esse volume de unidades representa 52% dos ingressos registrados em todo o ano de 2023.
É importante notar que há diferenças nos relatórios da ANEEL e da CCEE: o primeiro registra os consumidores que decidiram migrar para o ACL, enquanto o segundo representa a soma das unidades que concluíram o processo.
É fundamental lembrar que o processo de migração para o Mercado Livre pode levar no mínimo 180 dias, mas esse prazo pode ser reduzido a critério da distribuidora.
Até março, o Mercado Livre acumulou cerca de 40 mil unidades consumidoras, um aumento de 10 mil em relação ao mesmo período de 2023.
Quem são os consumidores varejistas?
Os consumidores varejistas são aqueles cuja carga é inferior a 500 kW e fazem parte do Grupo A, estando conectados em média e alta tensão. Recebem essa classificação porque sua migração para o Mercado Livre só é possível com o suporte de uma comercializadora varejista, responsável por facilitar todo o processo.
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