Visando economia e sustentabilidade, um condomínio residencial localizado em Caxias do Sul (RS) está apostando nas soluções para BIPV (Building Integrated Photovoltaics – Integração Fotovoltaica na Construção Civil).
De acordo com a Construesse Construtora e Incorporadora, responsável pelo projeto do Bosco Esposizione, o mesmo terá painéis solares arquitetônicos na fachada frontal norte e na cobertura.
No total, o sistema, de 44 kWp, é composto por 341 módulos da Kromatix e um inversor SE33.3K da SolarEdge. Além disso, a usina terá uma geração anual de 32,47 MWh e um PR (Performance Ratio) de 70%.
Somados, os equipamentos suprirão o fornecimento de energia na área condominial, deixando de emitir cerca de 15 toneladas de CO2 por ano, o equivalente ao plantio anual de 700 árvores.
Segundo a empresa, o empreendimento também terá sistema de reutilização de água da chuva para irrigação dos jardins e para as bacias sanitárias da área condominial e das unidades, com uma estimativa de economia de até 50% na conta de água da área de lazer e até 20% na conta de água dos apartamentos.
O edifício está em processo de certificação pelo Green Building Council Brasil, com o selo GBC Brasil Condomínio. O GBC é uma instituição certificadora internacionalmente reconhecida que avalia diretrizes como a escolha do terreno e o desenvolvimento do projeto até a concepção final da obra.
Importância do BIPV
Ana Lúcia Sebben, diretora da Construesse, destacou a importância de utilizar a tecnologia de BIPV para, além de ter preenchimento estético, proporcionar uma redução na conta de luz dos moradores.
“Com a inovação do BIPV, ao invés de utilizarmos granito ou mármore, por exemplo, utilizamos um material que está trazendo um benefício econômico para quem está morando”, enfatizou.
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“Toda parte condominial, composta por salão de festa, academia, piscina, brinquedoteca e etc, será suprida através do fotovoltaico na cobertura e na fachada”, ressaltou Ana Lúcia.
Portanto, segundo ela, praticamente o edifício não terá conta de energia na área condominial. “Estamos falando de um prédio que tem somente 19 apartamentos”.
“É um empreendimento bem exclusivo, onde teríamos um custo condominial muito alto se não tivéssemos toda essa tecnologia empregada para reduzir os gastos com eletricidade”, concluiu.