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ENGIE firma acordo para acelerar adoção de hidrogênio verde no Brasil

Empresa se une a Associação Brasileira de Hidrogênio com o objetivo de descarbonizar a economia

Autor: 13 de agosto de 2021Brasil
3 minutos de leitura
ENGIE firma acordo para acelerar adoção de hidrogênio verde no Brasil

Acelerar a transição para um mundo neutro em carbono por meio de soluções mais sustentáveis. Esse é o objetivo da ENGIE, que anunciou o seu ingresso na ABH2 (Associação Brasileira de Hidrogênio), tornando-se a primeira empresa do setor de energia a se filiar à entidade.

A meta com esse acordo é avançar no segmento de H2V (hidrogênio verde), um dos principais focos de crescimento do grupo no mundo e no Brasil, bem como zerar suas emissões líquidas até 2045 – diversificando a atuação para novos combustíveis renováveis.

“Acreditamos que juntando forças com a ABH2 podemos impulsionar a pesquisa aplicada para o avanço da utilização do hidrogênio verde pela indústria em escala comercial”, afirmou Koen Langie, gerente de Desenvolvimento de Negócios – Hidrogênio Verde da ENGIE Brasil.

Outro foco da parceria com a associação é, além da colaboração técnico-científica, a capacitação profissional. “Precisamos criar capital humano no país para realmente nos tornarmos capazes de desenvolver projetos de H2V”, complementou o executivo.

Para Langie, o mercado de hidrogênio no Brasil depende de uma regulação adequada para se desenvolver. Nesse sentido, ele disse que o trabalho junto à ABH2 e suas outras associadas proporcionará oportunidades de alavancar marcos normativos e regulatórios no país, estabelecendo um ambiente de negócios competitivo e atraente para investidores. 

Leia mais: Ceará deve receber aporte de US$ 3,9 bi para projeto de hidrogênio verde

No caso, a ENGIE vê oportunidade no desenvolvimento de soluções para segmentos como siderurgia, mineração, química, petroquímica, entre outros.

Segundo Paulo Emílio Valadão de Miranda, presidente da ABH2, a entidade está participando de reuniões com empresas associadas para captar as necessidades e fomentar a adoção de tecnologias da energia do hidrogênio no Brasil. 

Além disso, ressaltou que estão atuando junto à EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ao MME (Ministério de Minas e Energia) e ao MCTI (Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações) em temas relacionados ao Programa Nacional do Hidrogênio, que se desenvolverá neste ano no Brasil.  

“Desde o ano passado, à luz do recente crescimento do setor de hidrogênio e aumento do interesse desta solução energética, a associação vem se conectando com o setor privado e com companhias. Isso porque tal segmento se tornou maior no último ano e o interesse tem sido crescente”, enfatizou Monica Panik, diretora de relações institucionais da ABH2.

“Hoje vemos uma tendência de se identificar investimentos para projetos de H2V de grande escala para descarbonizar diversos setores da economia, sobretudo os que mais emitem”, concluiu. 

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Meta global

Até 2030, a ENGIE projeta desenvolver capacidade instalada de fabricação de hidrogênio verde de 4 GW, implantar 700 km de redes dedicadas a esta tecnologia e operar mais de 100 postos de abastecimento. O grupo já possui 70 projetos de H2V industrial em funcionamento (com 20 projetos > 50 MW) em 10 países. 

Mateus Badra

Mateus Badra

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020. Atualmente, é Analista de Comunicação Sênior do Canal Solar e possui experiência na cobertura de eventos internacionais.

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