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Escassez de componente pode acelerar produção de veículos elétricos

Guerra na Ucrânia afeta produção do chicote elétrico, um item fundamental na montagem de veículos a combustão 
3 minuto(s) de leitura
Chicote elétrico: fios, plástico e borracha com trabalho manual de baixo custo.
Chicote elétrico: fios, plástico e borracha com trabalho manual de baixo custo. Foto: Aptiv/Divulgação

O chicote elétrico, um componente relativamente barato e que agrupa os cabos de um veículo, tornou-se um problema improvável na indústria automotiva, levando profissionais e empresas a acreditarem que isso poderá acelerar a derrocada dos carros a combustão.

Isso porque a oferta da peça foi atingida diretamente pela guerra na Ucrânia, onde estão abrigados uma parte significativa da produção mundial e que equipa milhares de veículos novos todos os anos.

A peça – composta por fios, plástico e borracha com trabalho manual de baixo custo – pode não ter a fama de outros componentes, como os motores e as baterias, mas sem ela os veículos não podem ser produzidos.

Neste sentido, a escassez de oferta do componente já tem acelerado os planos de algumas montadoras tradicionais em mudar a produção para uma nova geração de chicotes elétricos feitos por máquinas e projetados para veículos elétricos.

O presidente executivo da Nissan, Makoto Uchida, por exemplo, disse à Agência Reuters que interrupções na cadeia de suprimentos levaram a empresa a conversar com fornecedores sobre a mudança do modelo de chicote elétrico.

A Mercedes-Benz, por sua vez, informou que conseguiu chicotes do México para preencher uma breve lacuna de fornecimento e destacou que alguns fornecedores japoneses estão aumentando a capacidade no Marrocos, enquanto outros buscam novas linhas de produção em países como Tunísia, Polônia e Romênia.

Já a BMW informou que pensa na possibilidade de usar chicotes modulares, que exigem menos chips e menos cabos, o que economiza espaço e os tornaria mais leves. 

Expansão dos VEs 

Atualmente, os carros movidos a combustíveis fósseis ainda representam a maior parte das vendas de veículos novos globalmente. 

As vendas de veículos elétricos dobraram para 4 milhões de unidades no ano passado, mas ainda representaram apenas 6% do total, de acordo com dados da JATO Dynamics.

De acordo com relatório da BloombergNEF, os veículos elétricos serão responsáveis ​​por 10% das vendas de carros em 2025, com esse número aumentando para 28% em 2030 e 58% em 2040.

No Brasil, a venda de carros elétricos registrou aumento de 257% em 2021, com 2.860 veículos elétricos emplacados durante o ano – um resultado quase quatro vezes maior que as 801 unidades comercializadas em 2020, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). 

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Henrique Hein
Atuou no Correio Popular e na Rádio Trianon. Possui experiência em produção de podcast, programas de rádio, entrevistas e elaboração de reportagens. Acompanha o setor solar desde 2020.

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