É evidente que as mudanças climáticas têm afetado diretamente o cotidiano, manifestando-se em ondas de calor extremas, secas severas, enchentes e vendavais destrutivos. Mas, como esses fenômenos afetam a matriz elétrica do Brasil?
Para responder a essa questão, o MME (Ministério de Minas e Energia) e a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) contrataram um estudo, desenvolvido pelas consultorias PSR e Tempo OK, com previsão de conclusão em junho de 2025.
O projeto, intitulado “Impactos das Mudanças Climáticas no Planejamento da Geração de Energia Elétrica”, faz parte da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, financiado pelo Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), por meio da GIZ.
Segundo o governo, “o principal resultado esperado do projeto é um diagnóstico detalhado de como a matriz elétrica brasileira se comportará diante de diferentes cenários climáticos, possibilitando um planejamento mais resiliente e adaptado às futuras condições climáticas”.
Thiago Barral, secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, destacou que “esses conteúdos são insumos importantes e estão bem alinhados com a estratégia que estamos construindo para o setor em termos de planejamento, da expansão de energia, da transição energética e da adaptação aos riscos climáticos”.
A metodologia envolverá modelos computacionais que considerarão a demanda futura de energia, incorporando os impactos das mudanças climáticas nos cenários previstos.
“Será uma construção coletiva de novas metodologias e processos. A solução extrapolará a vigência desse projeto e será um legado importante para o planejamento do setor elétrico. O ambiente construído a muitas mãos também estará apto para se beneficiar dos avanços da ciência climática”, afirmou Rafael Kelman, diretor executivo da PSR.
Luiz Fernando dos Santos, Head de P&D da Tempo OK, acrescentou: “Esse estudo é muito importante para a resiliência do setor elétrico em um contexto no qual os eventos extremos estão se tornando mais frequentes e as variações meteorológicas, mais intensas.”
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