O Grupo CCR informou que terá 100% do consumo de suas concessões de rodovias, aeroportos e mobilidade urbana abastecido por fontes renováveis de energia elétrica até o fim de 2024.
O movimento representa a antecipação em um ano do compromisso público assumido pela companhia de só utilizar energia limpa em seus ativos até 2025.
Para antecipar a meta, o Grupo CCR construiu uma estratégia na área de energia organizada em três frentes: investimentos em usinas solares no modelo de GD (geração distribuída), migração de seus ativos para o Mercado Livre de Energia e a aquisição de certificados de energia renovável.
Um dos marcos desta estratégia é a conclusão das obras de dois novos empreendimentos de energia solar no modelo de GD pela CCR Rodovias.
A companhia investiu cerca de R$ 30 milhões na implantação de um projeto no RodoAnel (SP) e em sete usinas na Via Costeira, concessionária que administra a BR-101 entre os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Ao todo, foram instaladas 7,6 mil placas fotovoltaicas às margens das rodovias. Com isso, a plataforma de rodovias do Grupo duplicará a sua capacidade instalada de geração solar, passando de 3,14 MWp para 7,34 MWp.
Os projetos, que estão em fase de conexão com o sistema elétrico, vão evitar a emissão de 447 toneladas de gás carbônico por ano, o que equivale ao plantio de 3,2 mil árvores, e vão gerar uma economia superior a R$ 2 milhões por ano.
A CCR Rodovias também vem trabalhando para adotar o modelo de GD por assinatura para acompanhar o crescimento futuro da demanda por energia. Na plataforma de mobilidade urbana, a estação Santo Amaro, da linha 9 – Esmeralda, em São Paulo, também possui uma pequena usina de 0,11 MWp em operação.
Mercado Livre de Energia
O Grupo CCR informou que desde 2022 adota como prática de fazer com que todos os novos contratos de energia realizados no Mercado Livre de Energia sejam provenientes de fontes limpas e certificados como neutros em emissões.
As operações de trens, metrô e VLT, administradas pela CCR Mobilidade, já estão no ambiente de contratação livre, assim como parcela expressiva da demanda das concessões da CCR Rodovias.
Neste momento, a companhia está realizando a migração para o Mercado Livre de Energia dos 15 aeroportos que compõem os blocos Sul e Central, e a expectativa é de que este processo seja concluído até o começo do quarto trimestre deste ano. A BH Airport, concessionária do aeroporto de Confins (MG), já realizou a migração.
Certificados de energia
Em 2024, está prevista pelo Grupo CCR a aquisição de 330 mil certificados de energia renovável para cobrir os contratos nos mercados livre e cativo.
No ano passado, a companhia consumiu 577,8 mil MWh, o que equivale à demanda de 240,7 mil residências. Deste volume, os negócios de mobilidade urbana representam 80% do total; os ativos de aeroportos, 12% e a CCR Rodovias, 8%.
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