O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a medida oficial da inflação no Brasil, registrou um aumento de 0,44% em setembro, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (09).
O resultado do mês foi influenciado pelas altas no grupo Habitação (1,80%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para +5,36% em setembro.
O aumento na conta de luz ocorreu por causa da falta de perspectivas de chuvas e das altas temperaturas, o que acabou culminando no acionamento da bandeira tarifária vermelha no patamar 1, que acrescenta R$ 4,463 a cada 100 kwh consumidos para que o acionamento de termelétricas alivie a pressão sobre as hidrelétricas.
Outro importante grupo pesquisado pelo IBGE – o de “Alimentação e Bebidas” – teve alta de 0,50% em setembro e também ajudou a elevar a inflação no período, com destaque para o crescimento no preço da alimentação em domicílio (0,56%), após dois meses consecutivos de queda.
No ano, a inflação acumulada no Brasil é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%. O valor está próximo ao limite da meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%, mas com tolerância de 1,5 p.p (ponto percentual) para mais ou para menos.
Como é calculado o IPCA?
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, que vivem em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (base).
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