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Interligação de sistemas isolados trouxe economia de R$ 1,3 bi aos consumidores

Linhas de transmissão possibilitaram que comunidades remotas fossem conectadas no SIN, gerando redução com a CCC

Autor: 15 de fevereiro de 2024Setor Elétrico
4 minutos de leitura
Interligação de sistemas isolados trouxe economia de R$ 1,3 bi aos consumidores

Foto: Freepik

A interligação de sistemas isolados ao SIN (Sistema Interligado Nacional) teve uma grande contribuição para a diminuição do uso de fontes fósseis no país, segundo informações divulgadas pelo MME (Ministério de Minas e Energia).

Em 2023, alguns municípios do Norte do país, como Parintins e Itacoatiara, no estado do Amazonas, e Juruti, no Pará, receberam linhas de transmissão que inseriram essas localidades no SIN, proporcionando maior qualidade e segurança do suprimento de energia elétrica para essas populações.

Segundo o ministério, tais ligações – além de terem ajudado a reduzir a geração de óleo diesel e a emissão de CO2 na atmosfera – também diminuíram os gastos do Governo Federal com a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis), encargo pago por todos os consumidores de energia elétrica.

No ano passado, o Brasil economizou R$ 1,3 bilhão com CCC – que chegou ao patamar de R$ 11,6 bilhões, um valor menor do que era esperado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). 

O valor alcançado também representa uma queda em comparação com o montante atingido em 2022, que foi de R$ 12,9 bilhões.

CCC e sua relação com sistemas isolados

Em entrevista ao Canal Solar, José Marangon de Lima, diretor presidente da consultoria MC&E, explica que a CCC é uma conta que todo consumidor brasileiro paga para subsidiar o óleo diesel usado para as regiões da Amazônia, principalmente. 

São pequenas comunidades, às vezes cidades inteiras que vivem em locais de difícil acesso e que – como não há energia elétrica da rede, porque o SIN, muitas vezes, não chega até eles – acabam sendo abastecidos energeticamente com o uso do óleo diesel.

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O profissional pontua que, na CCC, também estão incluídos, não só os custos do diesel, como também de toda a logística para transportá-lo até essas comunidades.

“Como nenhum consumidor dessas regiões poderia pagar por essa energia que chega através do diesel, porque fica muito caro, o que acontece? Os consumidores do Brasil, que estão usando a energia mais barata, acabam pagando uma tarifa mais alta para subsidiar esses consumidores que estão na região da Amazônia”, comentou.

Marangon explica ainda que, por anos, as comunidades isoladas sempre foram abastecidas por geradores a diesel, mas que, com a chegada de novas tecnologias, como, por exemplo, de painéis solares com baterias, a situação tem mudado.

“Nessas regiões estão sendo instalados os painéis solares com baterias, com o diesel sendo usado apenas para atender em eventuais dias que não tem sol, uma vez que a bateria não armazena energia por cinco ou seis dias seguidos. Ou seja, usa-se também o diesel, mas, na maioria do tempo, não”, destaca.

Com isso, o Marangon explica que tem havido uma economia, cada vez maior, do Governo Federal com o envio do diesel para essas regiões, aliviando os custos para os consumidores do SIN. 

“Há uma economia muito grande quando se usa sistemas solares com baterias nestas regiões. Realmente, diminui a emissão e, além disso, é mais barato comparativamente com o diesel.  Com isso, o subsídio da CCC diminui para o consumidor de outras regiões que tem o sistema interligado nacional”. 


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Henrique Hein

Henrique Hein

Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como repórter do Jornal Correio Popular e da Rádio Trianon. Acompanha o setor elétrico brasileiro pelo Canal Solar desde fevereiro de 2021, possuindo experiência na mediação de lives e na produção de reportagens e conteúdos audiovisuais.

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