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Mercado livre puxa alta do consumo de energia elétrica no Brasil em 2022

Balanço da CCEE aponta que o Ambiente de Contratação Livre utilizou 7,2% mais energia no ano passado do que em 2021
30-01-23-canal-solar-Consumo brasileiro de energia elétrica subiu 1,5% em 2022, aponta CCEE
Consumo brasileiro de energia elétrica subiu 1,5% em 2022. Foto: Freepik

Um balanço divulgado pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) apontou que o consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 1,5% em 2022, na comparação com 2021, e alcançou 67.275 MWmed.

Foi o segundo ano consecutivo de alta, sinal da retomada de setores da economia que, no começo da década, atravessaram os desafios impostos pela pandemia da Covid-19.

De acordo com o levantamento, o mercado livre é que tem puxado o resultado para cima. O ambiente utilizou 7,2% mais energia no ano passado do que em 2021, um total de 24.496 MWmed.

No total, o mercado já representa 36,4% de todo o consumo nacional. Destaque para os setores de Serviços (16,2%), Madeira, Papel e Celulose (12,7%) e Comércio (10,5%).

“Voltamos a ver crescimento no mercado energético, o que é uma boa notícia, mas o ritmo ainda é menor do que aquele que nós considerávamos a média histórica do setor. Para isso, porém, será necessária uma recuperação mais rápida da atividade econômica”, avaliou Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.

Com relação ao ACR (Ambiente de Contratação Regulada), a CCEE relatou que houve queda de 1,4%. A carga somou 42.769 MWmed. Três fatores explicam a retração: a migração de consumidores para o mercado livre, a disseminação dos painéis solares e a influência de temperaturas mais baixas que as registradas em 2021, o que reduz o uso de aparelhos de ar-condicionado.

Fonte: CCEE
Fonte: CCEE

Ramos de atividade econômica

Dos 15 setores que contratam energia no mercado livre monitorados pela Câmara, 13 registraram aumento no consumo no comparativo anual. Serviços e Comércio mostram recuperação expressiva após o fim das restrições para o enfrentamento da pandemia.

O ramo de Madeira, Papel e Celulose ampliou sua produção para suprir a demanda global por matéria-prima brasileira, que aumentou após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia. Já a indústria têxtil foi afetada negativamente por fatores conjunturais, como juros altos e inflação acumulada, além de escassez de matéria-prima.

Fonte: CCEE
Fonte: CCEE

Consumo regional

Entre os estados, o Maranhão teve a maior alta, com variação de 13,5%, seguido por Rondônia (10,4%) e Mato Grosso (6,4%). Além da influência do mercado livre, o fator climático, com temperaturas acima das registradas em 2021, impulsionou o consumo no ambiente regulado, com maior uso dos equipamentos de refrigeração.

O cenário inverso, com mais chuva e temperaturas mínimas abaixo da média, especialmente no segundo semestre, levou a retração em boa parte do Nordeste, com destaque para Paraíba (-2,2%), Piauí (-4,2%) e Rio Grande do Norte (-4,7%).

Fonte: CCEE
Fonte: CCEE
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Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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