‘Não há risco de racionamento de energia’, afirma Bento Albuquerque

Ministro de Minas e Energia diz que governo está tomando todas as medidas para mitigar os efeitos da crise hídrica
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Em meio à maior crise hídrica da história do Brasil, algumas dúvidas são levantadas quanto a possibilidade do racionamento de energia. No entanto, Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, afirmou que não há risco que isso aconteça em 2021. 

“Tudo indica que a situação está sob controle”, afirmou Albuquerque em entrevista ao jornal O Globo. 

Ademais, o ministro também informou que o Governo Federal está se preparando para tomar medidas a fim de evitar a falta de eletricidade, e que o consumidor precisará fazer uso mais “racional” de energia.

A partir desta terça-feira (1), a bandeira tarifária será vermelha, patamar 2, com custo de R$ 6,24 para cada 100 kWh consumidos. 

De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a permanência da bandeira tarifária vermelha ocorre porque junho inicia-se com os principais reservatórios do SIN (Sistema Interligado Nacional) em níveis mais baixos para essa época do ano.

“Isso aponta para um horizonte com reduzida geração hidrelétrica e aumento da produção termelétricas”, disse em nota a Agência. Esta medida encarece a conta de luz e exigirá o reforço do uso consciente e o combate ao desperdício de energia.

“O governo não vai ser pego de surpresa. Nós iniciamos a campanha de economia de eletricidade e do uso da água desde o fim do ano passado. Desde dezembro temos feito essas campanhas de comunicação, que serão intensificadas agora”, destacou o ministro. 

Bento Albuquerque ainda ressaltou que a população pode ficar tranquila, pois estão sendo adotadas todas as ações para que os impactos sejam os menores possíveis e para que o Brasil possa dar continuidade na retomada da atividade econômica.

Uma das medidas adotadas para evitar o agravamento da crise hídrica, por exemplo, é as flexibilizações das restrições hidráulicas relativas às usinas hidrelétricas Jupiá, Porto Primavera, Ilha Solteira, Três Irmãos, Xingó, Furnas e Mascarenhas de Moraes. 

“Além das questões energéticas, o intuito é garantir a devida governabilidade das cascatas hidráulicas, inclusive quanto à preservação do uso da água, ao longo do período seco de 2021”, informou em nota o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), após reunião extraordinária realizada na última quinta (27).

Saiba mais: Consumidor tem prejuízo de R$ 8,7 bi para custear térmicas que não entregam energia

ANEEL cria gabinete de situação para acompanhar condições do SIN

A ANEEL decidiu, nesta segunda-feira (31), criar gabinete de situação, subordinada ao colegiado, destinado a acompanhar as condições do SIN no biênio 2021/2022.

Segundo a Agência, o Gabinete trabalhará de forma coordenada e articulada com outras instituições responsáveis pela governança do setor e terá entre suas funções: monitorar continuamente a situação do SIN; apoiar a implementação das medidas deliberadas no âmbito do CMSE; avaliar medidas que possam ser implementadas pela ANEEL, contribuindo para segurança do suprimento de energia elétrica no SIN e a superação da situação de emergência hídrica emitida pelo SNM (Sistema Nacional de Meteorologia).

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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