O preço médio da energia solar no Brasil para residências caiu 5% no terceiro trimestre de 2024 em comparação com o período anterior, passando de R$ 2,66 para R$ 2,53 por Wp. A queda foi motivada pela redução no custo dos equipamentos fotovoltaicos.
Os dados foram mapeados no estudo Radar, realizado pela Solfácil e que avalia trimestralmente o preço dos kits fotovoltaicos no país. “A redução foi ainda mais significativa em projetos com capacidade superior a 15 kWp, que registraram uma queda de 10%”, destaca a pesquisa.
De acordo com o levantamento, esses sistemas, que atendem empresas e indústrias, passaram a custar R$ 2,28/Wp, o que representou uma “mudança expressiva para um segmento que tradicionalmente apresentava maior resistência à redução de preços”.
A oferta mais acessível para grandes consumidores é vista como um alívio pela Solfácil, que acredita que isso pode impulsionar a adesão de novos projetos no setor corporativo.
“Estamos vivendo um marco na energia solar no Brasil. O custo da geração distribuída nunca foi tão acessível. O Brasil já é um dos principais mercados solares do mundo e com a contínua diminuição dos custos, é esperado que mais pessoas escolham investir nessa fonte econômica e sustentável de energia”, disse Fabio Carrara, CEO e fundador da Solfácil.
Estados que mais tiveram queda no preço
No ranking estadual, Minas Gerais se destacou com a maior queda de preços no terceiro trimestre, registrando uma redução de 14%, o que levou o custo para R$ 2,70/Wp.
Sergipe também teve uma expressiva redução de 12%, seguido por Goiás (10%, para R$ 2,46/Wp). Em São Paulo, o preço caiu 8%, alcançando R$ 2,43/Wp, e Alagoas acompanhou a mesma tendência, fechando o trimestre a R$ 2,35/Wp.
Por outro lado, o Rio Grande do Sul foi o único estado que não apresentou queda no preço da energia solar, mantendo seus preços estáveis após os impactos das enchentes que ocorreram no segundo trimestre.
“A estabilidade nos custos na região sul, mesmo com uma queda de 3% no trimestre, consolidou a região como uma das mais caras do país para energia solar, superada apenas pelo Norte, que registrou uma tímida redução de 3%”, avalia o mapeamento.
Marcas de inversores se reposicionam
O mercado de inversores também passou por mudanças significativas, segundo a Solfácil. A empresa destaca que a Goodwe ultrapassou a Deye e se tornou a marca mais presente nos pedidos de financiamento no Brasil.
Na avaliação da empresa, a Deye, tradicionalmente forte em sistemas de menor porte, continua dominante nesse segmento, mas a Goodwe vem ganhando espaço em projetos maiores.
Outro destaque do estudo Radar foi a Solis. A fabricante de inversores se destacou com um crescimento expressivo no mercado brasileiro de energia solar, marcando sua presença entre as marcas mais procuradas.
A empresa não só consolidou sua posição no setor, como também ultrapassou a Growatt e alcançou a terceira posição no ranking trimestral de marcas mais solicitadas. Esse avanço reflete a confiança dos consumidores na Solis e reforça seu papel de destaque no mercado de inversores no Brasil.
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