Projetos de pequena escala podem acelerar a descarbonização global

Os cientistas demonstraram as vantagens de energias "granulares"
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Tecnologias de pequena escala, que variam de painéis solares aplicados em residências a carros elétricos, podem acelerar a descarbonização global, é o que afirma pesquisadores do Centro Tyndall de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas da Universidade de East Anglia, em Londres.

Em um fórum de políticas publicado na revista Science, no mês de abril, os cientistas demonstraram as vantagens de energias “granulares”, que superam as tecnologias de maior escala. Elas, por exemplo, implantam mais rapidamente, reduzem a demanda, oferecem retornos econômicos mais altos e criam mais oportunidades de emprego.

“Nosso estudo sugere que a rápida proliferação de tecnologias de menor escala distribuídas por todo o nosso sistema energético, cidades e residências pode ajudar a impulsionar um progresso mais rápido e mais justo em direção às metas climáticas”, disse Charlie Wilson, um dos responsáveis pela pesquisa.

De acordo com estudo, essa energia “granular” é adequada também para evitar as armadilhas do “aprisionamento” – fenômeno que descreve uma resistência geral à mudança em grandes sistemas tecnológicos.

“A infraestrutura de larga escala – seja uma usina de combustível fóssil ou um painel solar concentrador – é projetada para durar décadas ou mais, essencialmente bloqueando esses sistemas em suas tecnologias subjacentes durante a vida do projeto. Além disso, aqueles com interesses adquiridos têm um incentivo para diminuir as taxas de mudança”, exemplificou a pesquisa.

Wilson argumentou ainda que a granularidade deve ser uma característica tecnológica essencial para os formuladores de políticas, investidores e empresas considerarem no esforço de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e facilitar uma economia de energia neutra em carbono.

Imagem de Mateus Badra
Mateus Badra
Jornalista graduado pela PUC-Campinas. Atuou como produtor, repórter e apresentador na TV Bandeirantes e no Metro Jornal. Acompanha o setor elétrico brasileiro desde 2020.

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