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Protagonismo da energia solar na retomada econômica

Brasil teve um crescimento de 52% nos investimentos do setor solar e gerou mais de 86 mil empregos em 2020

Autor: 19 de fevereiro de 2021agosto 5th, 2021Opinião
3 minutos de leitura
Protagonismo da energia solar na retomada econômica

Ao fazer um balanço do desempenho dos setores produtivos ao longo de 2020 no Brasil, ano de pandemia, há um evidente e notório segmento que desponta como uma das grandes alternativas para a tão almejada saída da crise econômica em nosso país. Trata-se do pujante mercado de energia solar fotovoltaica, que tem apresentado importantes resultados para a nação.       Nos últimos 12 meses, o Brasil vivenciou um crescimento de 52% nos investimentos do setor solar fotovoltaico frente ao acumulado no País desde 2012. Segundo dados da ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica), em 2020, foram mais de R$ 13 bilhões em aportes no ano de pandemia, considerando as grandes usinas e os sistemas de geração em telhados, fachadas e pequenos terrenos.    No final das contas, o mercado fotovoltaico gerou mais de 86 mil novos empregos em 2020, espalhados por todas as regiões do território nacional, colaborando assim na redução dos efeitos danosos da pandemia e trazendo novas perspectivas desenvolvimento econômico para cidadãos e empresas. Três palavras resumem bem a atuação do setor de energia solar no Brasil: força, resiliência e versatilidade. Assim, no curto, médio e longo prazos, esse mercado é visto atualmente como um protagonista relevante para uma retomada econômica, sustentável e competitiva do Brasil. No acumulado, desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 38 bilhões em negócios e gerou mais de 224 mil postos de trabalho. Só em 2020, as contratações cresceram 62% em relação aos empregos gerados no País entre o início de 2012 e o final de 2019. O país saltou de 4,6 GW (gigawatts) ao final de 2019 para 7,5 GW ao final de 2020, crescimento de 64%, somando as usinas de grande porte (geração centralizada), e os pequenos e médios sistemas instalados da geração distribuída. Na prática, isso representa mais da metade da potência instalada na usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e segunda maior do planeta. O poder público também foi beneficiado com o crescimento da energia solar. Em 2020, o mercado fotovoltaico proporcionou mais de R$ 3,9 bilhões em arrecadação fiscal, acréscimo de 52% em relação ao total arrecadado no período entre 2012 e 2019. Atualmente, há no país mais de 400 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade a cerca de 500 mil unidades consumidoras.  Entretanto, a trajetória de sucesso do setor solar está ainda fase muito inicial no País. Na geração distribuída, por exemplo, dentre os cerca de 85 milhões de consumidores de energia elétrica no País, apenas 0,5% faz uso do Sol para produzir eletricidade. Portanto, a energia solar terá papel cada vez mais estratégico para o atingimento das metas de desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil, inclusive ajudando na retomada sustentável da economia, por ser a fonte renovável que mais gera emprego e renda no mundo.

Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk

Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk

Rodrigo Sauaia é cofundador e presidente executivo da ABSOLAR. Possui doutorado em Engenharia e Tecnologia de Materiais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ronaldo Koloszuk é presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR. Diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e diretor da Solar Group.

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