À medida que os sistemas energéticos globais avançam na transição para fontes renováveis, a instabilidade das redes se torna um desafio crítico. Diante desse cenário, a Hopewind destacou que enfrenta essa fronteira com sua tecnologia grid-forming, que transforma ativos eólicos, solares e de armazenamento em elementos estabilizadores da rede.
Segundo a empresa, os inversores tradicionais “grid-following” – que dependem de sinais externos da rede para sincronização – têm contribuído cada vez mais para a instabilidade em redes com alta penetração de renováveis. O blecaute ocorrido na Espanha em 28 de abril evidenciou as fragilidades desses sistemas convencionais, reforçando a urgência por soluções autônomas de estabilização.
A tecnologia grid-forming da companhia possui capacidade de corrente reforçada, o que permite suporte robusto em falhas – com capacidade de sobrecarga de até 3×. “Ao contrário dos sistemas grid-following, que atuam de forma reativa às variações de frequência, a solução da Hopewind realiza regulação primária de frequência, resposta de inércia virtual e compensação instantânea a saltos de fase, garantindo controle proativo”, destacaram.
Adicionalmente, a tecnologia proporciona estabilização ativa da tensão, com correção autônoma de desvios e excelente desempenho em redes fracas – operando de forma estável com razão de curto-circuito (SCR) de até 1.1.
Reconhecimento e validação técnica
A DNV, instituição internacionalmente reconhecida, concedeu à Hopewind a primeira certificação mundial para conversores grid-forming, comprovando conformidade com os requisitos das redes de próxima geração com predominância de fontes renováveis.
Em setembro de 2024, a tecnologia de “Estações de Geração Eólico-Solar como Fonte Principal” da fabricante foi aprovada em avaliação técnica pela Sociedade Chinesa de Engenharia Elétrica (CSEE).
Cases de projetos grid-forming da Hopewind
A Hopewind conta com iniciativas inéditas na China em projetos com tecnologia grid-forming. Na província de Gansu, foi comissionado, conforme a fabricante, o primeiro parque eólico do mundo com 100 MW operando em modo grid-forming, validado por mais de 530 testes rigorosos, incluindo partida a frio (black-start) e testes de transitórios.
Paralelamente, na província de Xinjiang, a empresa viabilizou a primeira usina fotovoltaica grid-forming da China, utilizando inversores de 320 kW – sistema testado em mais de 209 condições operacionais e que ainda contribui com ações de restauração ecológica por meio de complementaridade pastoril-fotovoltaica.
A tecnologia também foi aplicada em projetos de armazenamento de energia de grande escala, com soluções string e centrais, como os projetos de 50 MW / 100 MWh em Xinjiang e 40 MW / 80 MWh em Yunnan.
Mais recentemente, a Hopewind participou do desenvolvimento do primeiro sistema grid-forming com baterias de sódio-íon do mundo (40 MWh), em parceria com a CSG Energy Storage e a Xuda New Energy.
Expansão global
Atualmente, a companhia está ampliando suas parcerias estratégicas com concessionárias e desenvolvedores na Ásia, Europa, África e América do Sul, com o objetivo de implantar sua tecnologia em mercados que buscam alta penetração de energias renováveis.
Sobre a Hopewind
Fundada em 2007 e listada na Bolsa de Valores de Xangai desde 2017, a Hopewind é especializada no desenvolvimento e fabricação de soluções para energia renovável e elétrica, incluindo conversores eólicos, inversores fotovoltaicos, sistemas de armazenamento de energia (BESS) e acionamentos industriais.
A fabricante participou do projeto de pesquisa Wingrid, financiado pela União Europeia por meio do programa Horizon 2020 e conduzido no laboratório da DNV na Holanda.
Em 2023, o conversor eólico da Hopewind recebeu a primeira certificação grid-forming do mundo emitida pela DNV. A companhia também foi reconhecida pela Bloomberg New Energy Finance como fabricante Tier 1 de inversores. Até o momento, já embarcaram mais de 180 GW em equipamentos de energia renovável globalmente.
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